11 novembro 2006

Hoje (não ontem), a Turandot...


Estou a ouvir a minha Turandot!
Ai que dor senti ontem! Tanta tristeza! Senti-me envergonhada pelo que via e ouvia e cheguei a sentir pena...
Os cantores olhavam o tempo todo, ostensivamente, para o maestro... Pong olhava ainda para a sua «cábula» escondida (??) no leque... Numa das cenas canta sentado, com os papéis escondidos (??) em cima de um banquinho... O Imperador também os esconde (??) no leque...
Ai que tristeza! Os atropelos nas entradas... ai que tristeza! O coro... ai que tristeza! Ping e Pang... tristes...
E primeiro que eu percebesse que cantavam mesmo em italiano?
A pobre da Liù... não se ouvia! Turandot, Calef e Timur faziam ouvir-se.
E mais não digo.
Enquanto a casa dorme, oiço (nos auscultadores) a belíssima voz do meu Jussi (Calef) a gritar, zangado:
«Tu nom sai nulla, schiava!»
e a Tabaldi (Liù) a insistir:
«Io so il tuo nome... M' è suprema delizia tenerlo segreto e possoderlo io sola!»
.......
Turandot, grandiosa Nilsson, quer saber:
«Chi pose forza nel tuo cuore?»
Liù:«Principessa, l' amore!»
Turandot: «L' amore?»

3 comentários:

Anónimo disse...

Agora fechemos os olhos e sem que ninguém mais nos ouça prepara para mim outro par de auscultaores que esta quero eu partilhar contigo.
;-)*

Xantipa disse...

Vieni, vieni!
:)**

Xantipa disse...

Ó Anne Belle!
Mereço o teu e o de todas as cadeiras vazias daquele auditório!