Não sei se já está resolvida a compra, por parte do estado, da colecção Jorge de Brito, que a Fundação Arpad Szenes-Vieira da Silva se arrisca a perder (ler mais aqui).
Muito foi o tempo que esteve até se decidir a comprar o acervo de fado de Bruce Bastin (ler notícia de 2005 e notícia de 2008).
Já para não falar no apoio que os artistas não têm cá dentro até que lá fora lhe dêem valor.
Isto não é de agora, como sabemos. Não foi por acaso que Mecenas se tornou num substantivo comum (do homem que patrocinou artistas no tempo de Augusto a "aquele que patrocina artistas").
Ontem lia em Mário de Sá Carneiro, Loucura, (p.53 na edição da Ulmeiro) «O governo português, sempre predisposto a inúteis prodigalidades, não teve alma para desembolsar os setenta contos que o seu anterior proprietário exigira por essa maravilha de arte nacional».
Infelizmente, pouca coisa é de agora e coisa pouca também.