27 maio 2010

AVE CAESAR... OU LÁ QUEM SEJAS!

Esta fotografia foi tirada para a Gi:

Com texto a acompanhar: no séc. XVI alguém copia os romanos e na restauração do séc. XVII dá-se uma «plástica» completa!


25 maio 2010

No Ermitage

Na viagem que fiz à Rússia (a São Petersburgo, mais precisamente), aproveitei para ver os clássicos representados na arte (e para ver muita outra arte, claro, que não a dos clássicos, mas essa teria de ficar para outro blogue que eu não tenho).

Começo com uma breve divagação sobre o nome do museu.
No livro oficial lá do sítio, na indicada como «nova» versão em português (de 2008), o nome é assim justificado:


O nome francês do nosso museu "Ermitage" significa "lugar de recolhimento, eremitério". Os tempos quando ele era um museu privado e servia de retiro à Corte já ficaram no longínquo passado.

Portanto, parece-me que Ermitage deverá ser o nome na nossa língua, visto que é, assumidamente, um nome francês e não tem nenhuma letra aspirada no seu início (Эрмитаж).
No entanto, vejo frequentemente escrito Hermitage. O DN refere-o como Ermitage e o Diário Digital, sobre o mesmo assunto, escreve Hermitage.
Tenho de investigar se há alguma opinião oficial sobre o assunto. Até indicação em contrário, escreverei sem «H».

Deixo aqui umas notas e um exercício sobre Antonio Canova e as suas estátuas de Eros (ou Cupido) a beijar Psique.
No Ermitage está esta estátua (foto que tirei com toda a legalidade: paguei 200 rublos para poder usar a máquina no museu):



E no Louvre está esta:

(Infelizmente a foto não é minha. É daqui)

É curioso como nalguns sites vejo uma a ser indicada como a outra. No entanto, as diferenças não são difíceis de detectar.
Deixo-vos esse prazer.

14 maio 2010

Se não fosse a Rússia...

... e o facto de eu estar lá, amanhã, dia 15, não faltaria à sessão de autógrafos de Uma Noite com o Fogo e da nova, novinha, novíssima, obra de António Manuel Venda (de cujos livros sou fã), na Feira do Livro de Lisboa, entre as 16.30h e as 18h, no stand da Quetzal.
O novo livro, esse, sai hoje, e espero que mo ofereçam pelos anos!

10 maio 2010

Leda e o cisne e os seus gémeos verdadeiros e falsos

(Leda e o Cisne, de Cesare da Sesto, recuperando Da Vinci. Ver aqui)

O meu amigo Zé Bandeira foi desenganado pela sua augusta Mãe, quando lhe perguntou se ela e o tio poderiam ser gémeos verdadeiros.

Meu querido Zé,
A tua ideia não é assim tão destrambelhada, pois já sei de onde te veio: de Leda e o cisne!
Tu, um amante da antiguidade clássica, sabendo que Helena era gémea de Pólux e que Clitmnestra gémea de Castor (na imagem vêem-se bem os bebés a sair dos ovos), e sendo cada par de gémeos verdadeiros (os primeiros, fruto de um óvulo fecundado por Zeus e os segundos de outro fecundado por Tíndaro) gémeos falsos dos outros, extrapolaste para a tua realidade.

É simples!
Beijinhos

P.S. Há versões em que, apesar de Helena e Pólux serem os filhos de Zeus, foram chocados em ovos separados: as meninas num ovo e os meninos noutro, sendo cada um de fecundação dupla, divina e humana. Mas penso que esta versão não interessa para a tua argumentação...