Quando um determinado indivíduo, no pentatlo, atingiu involuntariamente com um dardo Epítimo de Farsália e o matou, [Péricles] passou o dia inteiro a discutir com Protágoras se, segundo o juízo mais correcto, se deviam considerar como culpados do funesto acontecimento o dardo, o lançador do dardo ou os organizadores dos jogos.
Plutarco, Péricles, 36 - DK80 A10
Edição de Sofistas, Testemunhos e Fragmentos, INCM, 2005.
6 comentários:
E concluíram alguma coisa?
É porque eles não tinham recurso ao "Prós e Contras" da dona Fátima...
E qual foi a conclusão a que chegaram?
Gi e Redonda:
Plutarco não diz!
:)
O interesse deste episódio, para os estudiosos é o facto das questões ético-jurídicas serem já discutidas na altura, mas o contexto é outro.
O filho mais velho de Péricles, porque o pai lhe dava uma mesada demasiado pequena e não lhe pagava as dívidas, decidiu achincalhá-lo na praça pública, revelando as conversas que aquele tinha com os sofistas, para que as pessoas se rissem. Esta história era uma das que Xantipo (sim, era o nome do rapaz, mas não tinha da a ver comigo) contava para ridicularizar o pai.
:)
Beijinhos!
Méon,
Pois é!
;)
Beijinhos!
Se a discussão fosse actualmente num tribunal português a culpa seria certamente do dardo...
JR
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