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26 novembro 2010

lançamento espacial

Roubado do José Bandeira:

Um livro 5 estrelas



 É já no próximo Sábado, dia 27, impaciente leitor, que vai ter lugar o lançamento de O Fio à Meada, uma colectânea de textos sobre o programa espacial russo (Russki Spasski Progriama), ou talvez de diálogos com personagens famosos, agora assim de repente não me lembro bem. Só sei que os cosmonautas, ou os autores, são dez; e que eu também vou lá dentro, provavelmente para ser sujeito a experiências sobre a capacidade de resistência dos corpos no espaço.

Cada membro da Assistência (reparou na inicial maiúscula?) terá direito a um lançamento contra os contistas presentes, entre os quais se inclui este seu criado. Os volumes que acertarem no alvo serão, naturalmente, assinados. Eu estarei disfarçado de Adriana Nogueira, professora de Estudos Clássicos na Universidade de Faro. A Adriana irá mascarada de marmanjo de barba grisalha e ar de quem não entende muito bem qual o seu lugar no Universo. Poderá desmascarar-me forçando-me a falar: não sei camuflar a minha voz de barítono. O Miguel Neto, editor, servirá guardanapos de papel para os croquetes que poderá adquirir no bar a um preço escandaloso.

Quase me esquecia de dizer que o lançamento do Sputn… perdão, do livro será às 17 horas, na FNAC do Vasco da Gama, em Lisboa. A organização deste evento obrigou ao término da Expo 98. Após as 18:30, o local passará a chamar-se “Parque das Nações” (achámos que era um nome com pintarola).

Apareça, vá lá. O que é que eu tenho de fazer? Hã?



23 novembro 2008

post descaradamente roubado

Não resisto a roubar este post à Gi:

Seis meses sem democracia

Os antigos Romanos acabaram com a monarquia por não suportarem atitudes tirânicas dos seus últimos reis, e criaram uma série de cargos executivos eleitos por um ano para evitar novas tiranias.

No entanto, quando havia uma situação excepcionalmente grave, podia-se nomear um ditador que estaria no cargo por seis meses durante os quais tomaria as decisões que entendesse, não sujeitas a veto, e pelas quais não responderia criminalmente após o fim do mandato, ao contrário do funcionamento normal da república.

Andará Manuela Ferreira Leite a estudar história da antiguidade?

01 junho 2008

São escolhas

Roubei isto à Marta , que lhe chamou «Solidão». Eu não. São escolhas.

Dois bancos vazios à nossa espera, estando tão longe um do outro, como nós estamos.
Parece perto, bastaria estender a mão e aquietarmo-nos debaixo da sombra acolhedora.
Mas não, cada um de nós se sentou na beira mais longe, nem nos olhamos, por não querermos saber um do outro. Estamos até perto demais…mas continuamos juntos, que 40 anos é tempo imenso, todo das nossas vidas feito.
Há tanto tempo que te devia ter deixado, mas nunca saberei por que não o fiz…talvez ter-te sempre ali à mão, talvez o ter quem me fizesse a cama, me preparasse o jantar, ter companhia, no fundo, nem que fosse a tua, irritante, que não sabes aproveitar a vida, que de tudo dizes mal, que nunca nem por um momento te sentiste feliz.
Talvez o que te menos perdoe é dizeres que gostas das tuas filhas, mas que se não as tivesses tido passavas bem sem elas. Sonhas com uma carreira, com uns estudos que te recusaste a fazer quando amigas tuas recomeçaram a estudar, mas tu não, se calhar para poderes dizer mal de tudo e de todos, como é teu hábito.

Mudo-me para o teu banco, que isto não faz sentido, mas és sempre desagradável…criticas, criticas e voltas a criticar.
Todos os amigos desapareceram por não te conseguirem aturar…rio-me, amigos? Tiveste alguém de quem fosses amiga? Não há nada por mais simples que seja, que não faças dramas.
Ando cansado, mas muito cansado de ti.
É tão triste chegar ao fim da vida e olhar e só ver quem nunca soube amar, minha companheira, que à frente de todos de mim diz mal…cansaço enorme, mas contigo continuo sem saber o porquê.
Agora também já não vale a pena, basta-me estar calado. Qualquer compra que faça tenho de mentir no preço, para não haver discussão, aliás, já nem te conto nada de nada e nem dás por isso, por não conseguires estar calada, mas sempre, sempre a dizer mal e a criticar sem conseguires perceber que passo os dias calado

Deveria estar aqui a gozar esta sombra, esta árvore, este campo, em vez de estar tão amargurado, que nem os vejo.
Estes dois bancos que estavam vazios, são bem o nosso símbolo: Juntos, mas separados, vazios de afectos, vazios de tudo, vazios de nada.
Cansado, tão cansado de esta vida de solidão.
Então penso, que teria sido melhor… deveria ter sido sim, melhor, ter tido coragem para ficar sozinho, talvez não sentisse esta solidão, este vazio.