16 julho 2007

Estar vivo é o contrário de estar morto

Também contribuíram para eu recuperar a saúde os meus amigos: nos seus conselhos, na sua companhia, na sua conversa encontrei uma grande consolação. (...)
Tu hás-de morrer um dia, não por estares doente, mas sim por estares vivo. E esta lei da natureza é válida mesmo quando estiveres de boa saúde. Quando recuperares, terás escapado apenas a uma doença, não à morte.
Voltemos ao aspecto mais penoso: é certo que a doença implica grandes dores físicas, mas o próprio facto de serem intermitentes torna-as suportáveis. A intensidade de uma dor aguda tem o seu fim. É impossível alguém sentir uma dor enorme durante muito tempo.
Vê como a natureza foi benévola connosco a ponto de fazer com que a dor fosse, ou suportável, ou de curta duração.

Séneca, Cartas a Lucílio, 78, 4, 6-7. Tradução de J.A. Segurado Campos, Lisboa, Fundação Calouste Gulbenkian, 1991.

9 comentários:

Anónimo disse...

Para os que pensam como nós, todas as coisas bailam; vão, dão-se as mãos, riem, fogem... e tornam.
Tudo vai, tudo torna; a roda da existência gira eternamente. Tudo morre; tudo torna a florescer; correm eternamente as estações da existência
Tudo se destrói, tudo se reconstrói, eternamente se edifica a mesma casa da existência. Tudo se separa, tudo se saúda outra vez; o anel da existência conserva-se eternamente fiel a si mesmo.
A todos os momentos a existência principia; em torno de cada aqui, gira a bola acolá. O Centro está em toda a parte. A senda da eternidade é tortuosa.

Boa recuperação...

Nuno Adão disse...

E o Estoicismo sempre presente!

Cumprimentos

Anónimo disse...

Chiii!

Fiquei sem palavras com o comentário de cima.

Cá por mim está tudo dito.

As melhoras

Barão da Tróia II disse...

As melhoras, espero que estejas a recuperar bem, boa semana.

Anónimo disse...

Queridas Senhora Sócrates, Xantipa e Nininha: Apareçam! "Para pior já basta assim..."

Anónimo disse...

Desculpa, esqueci-me de assinar... o comentário anterior. Sou a Teresap do Oeste.

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

Cara Xantipa
Venho aqui dizer a si e todos os leitores deste templo grego-romano que se me visitarem na A Ilha dos Amores... quando falo de coisas que não há razão para que os 150 desconhecidos diários que passam sem nunca ter dito nada, as leiam, eu fecho à chave esses postais. Mas pelo contrário, todos os amantes de Séneca e etc. são não só mais que bem-vindos, mas celebrados, festejados...e necessários a um diálogo que se pretende crescente no interesse e em que se confia que possa vir a ser frutuoso...
A chave para os postais fechados é ''Apeiron'', lá na Ilha.
E estou a passar momentos de ansiedade comunicável... (Outras grandes ansiedades minhas não são comunicáveis...:))

Cara Xantipa, tenhoa a certeza que o choque e o descanso deram origem a mais riquezas do foro interior - como é costume nestas coisas... e espero que estaja quase a poder dançar... aliás, permita-me sugerir: uns bons exrcícios leves e delicados para a coluna,...são muito salutares na recuperação. (durante a música, claro - e que gosto tem Xantipa!!)

Saudações

Miguel G Reis disse...

Carpe Diem, é o que é!

Beijinhos!
:)***

C Valente disse...

A dor dispenso obrigado, curta ou prelongada
saudações