Tat - Também tenho esses tormentos em mim, pai?
Hermes - E não são poucos, meu filho, mas muitos e temíveis.
Tat - Não os conheço, meu pai.
Hermes - Esse é um, meu filho, o desconhecimento é um tormento. O segundo é o sofrimento, o terceiro a imoderação, o quarto a luxúria, o quinto a injustiça, o sexto é a ganância, o sétimo o engano, o oitavo a inveja, o nono a fraude, o décimo a ira, o décimo primeiro a impetuosidade e o décimo segundo a maldade. São doze, pois, os tormentos. Mas por baixo destes, meu filho, há muitos outros (...)
Hermes - E não são poucos, meu filho, mas muitos e temíveis.
Tat - Não os conheço, meu pai.
Hermes - Esse é um, meu filho, o desconhecimento é um tormento. O segundo é o sofrimento, o terceiro a imoderação, o quarto a luxúria, o quinto a injustiça, o sexto é a ganância, o sétimo o engano, o oitavo a inveja, o nono a fraude, o décimo a ira, o décimo primeiro a impetuosidade e o décimo segundo a maldade. São doze, pois, os tormentos. Mas por baixo destes, meu filho, há muitos outros (...)
Corpus Hermeticum, XIII, 7 (tradução minha)
12 comentários:
Cara Xantipa, isso parece ser o enunciar das características dos "desgovernos" de uma Re-publica de malandros...
Ainda bem que nada disto nos é familiar!
Oppugnatore
Xantipa, esses tormentos são hoje, e parece-me que para sempre, o nosso sofrimento!
É que todos os dias os vemos bater à nossa porta, e não conseguimos que se afastem para longe.
E este não saber como os afastar é realmente o maior de todos.
Boa semana
Maria
Cá vou passando!... e aprndendo sempre!
Que o sol e o mar dos Algarves te conservem bem viva de espírito e intensa de partilhas que aqui nos deixas.
Bj, Amizade!
Com a sua permissão, vou fazer link deste post amanhã, na rubrica "Gostei de ler".
Adriana , passei para te agradecer o comentário no continuando assim..
passarei com mais calma para te ler :
um beijo e obrigada a tua opinião foi importante para mim
teresa
Temos o que há de melhor e o que há de pior
É isso a Humanidade
Xantipa, ando à procura de um post teu e não sei como o procurar.
lembras-te? sobre as almas gémeas, a metade que nos foi arrancada?
beijinho
Querida Marta,
Esse post fez parte de uma série que coloquei sobre o diálogo de Platão «Banquete». Fiz uma busca no blogue sob essa palavra
http://senhorasocrates.blogspot.com/search/label/Banquete
e encontrei alguns dos que se lhe referem. Podes seguir por aí. Não sei se a parte que te interessa está aí. Se não, diz.
Beijinhos
A todos, muito obrigada pelos comentários.
Beijinhos
Obrigada, minha querida.
Deve estar
beijinho agradecido
Sobre o Banquete, Adriana, não esquecerei jamais a fala da mulher mantineia sobre o contemplar da beleza -- bem imperecível e inesquecível que a vida toda justifica... mas sobre a maldade... e as maldades... por certo a Adriana conhece o sábio sofisma do Einstein jovem aluno... que nos ensina ser somente ausência de bem, tal qual a escuridão ausência de luz... puros conceitos, não no sentido socrático de conceito, claro.
A Mirjana Soldo, de Medjugorje…
PRIMEIRO ÚNICO SONETO DO JARDIM DO LUXEMBURGO:
Pombos e pombas de todo o mundo, que, onde quer que vá e pare,
ronronais rabiocantes ante meus pés quase descalços
a quietude, a mansidão - por tudo haverdes por nada.
Vós, sem voz, sempre eloquentes, timidamente me dizeis
que não oscile milímetros no meu ânimo
ante a completude haurida, plena graça,
que não vagueie dos vãos afãs, antes sossegue
num pulsar divino em sintonia com o coração do mundo.
E viagem termine antes de toda a partida,
viagem quieta, voo estancado na melhor da altura,
qual, desde aqui em baixo, absoluta reside.
Poeta, deixeis os comuns mortais erguerem-se, e abalarem.
Não os tereis mais, como outrora, suspensos do vosso olhar,
esses que amaríeis rever convosco no coração da cor.
Xantipa, gostaria que aceitasse um pequeno desafio. que lhe deixei no meu modesto blogue. Obrigada.
Um abraço
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