27 março 2011

Esta semana, no Porto




PROGRAMA:

31 DE MARÇO DE 2011

9:00H Abertura
...
9:30H I Sessão – presidente: Graça Pinto
Jorge Deserto (U. Porto), «Mythos e epos em Hesíodo».
Maria do Céu Fialho (U. Coimbra), «Estratégias narrativas na epopeia de Apolónio de Rodes».
Marta Várzeas (U. Porto), «A narrativa nos hinos de Calímaco».

10:45H II Sessão – presidente: Maria do Céu Fialho
Cláudia Teixeira (U. Évora), «Retórica na Eneida de Virgílio: discurso, narrativa e emoção».
Zulmira Santos (U. Porto), «Retórica e ideologia em Os Lusíadas».
Isabel Almeida (U. Lisboa), «Retórica e Poesia: ligações benignas. Os Lusíadas à luz de alguns comentadores».

12.45H Almoço

14.30H III Sessão – presidente: Pedro Tavares
Carmen Soares (U. Coimbra), «A narrativa ao serviço do discurso moralizante, político e científico na historiografia herodotiana».
Adriana Nogueira (U. Algarve), «Demagogia e influência em Tucídides».
Manuel Ramos (U. Porto), «Arte oratória na narrativa de Salústio».
Cristina Pimentel (U. Lisboa), «Temor e compaixão: um olhar sobre a morte nos Annales de Tácito».

16:30H IV Sessão – presidente: Zulmira Santos
Carla Castelli (U. Milano), «Persuaders and narrators. Aspects of diegesis in the Second Sophistic».
Maria de Fátima Silva (U. Coimbra), «O agon judicial no romance de Cáriton».
Delfim Leão (U. Coimbra), «O topos do voyeurismo no Satyricon de Petrónio e no Burro de Ouro de Apuleio».

1 DE ABRIL DE 2011

9:30H V Sessão – presidente: Cláudia Teixeira
Ana Ferreira (U. Porto), «Da narrativa de Plutarco aos Panegyrici latini».
Belmiro Fernandes Pereira (U. Porto), «De Tito Lívio a Tácito: a historiografia clássica na retórica humanista».
Victoria Pineda (U. Extremadura), «Retórica y narración histórica: amplificatio, evidentia y ‘celerità’ en la Guerra de Cataluña de don Francisco Manuel de Melo».

11:15H VI Sessão – presidente: Jorge Osório
Violeta Pérez Custódio (U. Cádiz), «Entre filología y retórica: el concepto de relato milesio en el s. XVI».
António Andrade (U. Aveiro), «De Antuérpia a Ferrara: memórias de viagens de cristãos-novos portugueses».
Rui Carvalho Homem (U. Porto), «“Holy fire”, “mighty line”: Retórica, prosódia e desejo em Hero and Leander, de Christopher Marlowe».

12.45H Almoço

15:00H VII Sessão – presidente: Carlos Azevedo
Ofélia Paiva Monteiro (U. Coimbra), «Da arte narrativa de Garrett e da projecção que obteve em alguma ficção posterior do nosso Romantismo».
Maria do Rosário Cunha (U. Aberta), «Retórica e narrativa em Eça de Queirós».
Gualter Cunha (U. Porto), «Mapas do tempo: retórica do lugar em Ulysses, de James Joyce».
Gonçalo Vilas-Boas (U. Porto), «Minotauro plural: Cortázar, Borges e Dürrenmatt».

17:00H VIII Sessão – presidente: Maria de Fátima Sousa e Silva
Fátima Marinho (U. Porto), «De Agustina a Saramago ou a arte de transgredir os clássicos».

17:30H
Era bom que trocássemos umas ideias sobre o assunto…
…encontro com o escritor Mário de Carvalho


12 março 2011

Para quê ler os clássicos?

Um homem da técnica, prémio Pessoa em 2006, que percebeu o que andamos cá a fazer.
Por que será que não o entendem?
Qualquer dia escrevo aqui sobre o criador do Facebook, que sabe grego e latim, e acha que esse saber lhe foi útil.

Se nós olharmos para as melhores empresas do mundo e virmos onde é que essas pessoas estudaram , elas estudaram em universidades e em escolas onde estudaram os clássicos gregos em profundidade.
É um factor decisivo.
Eles aprenderam a pensar.
(...)
É aí que, curiosamente, reside a maior diferença entre os países que se desenvolvem e os que não se desenvolvem.
É preciso os fablabs, mas é preciso as bases e as bases são os clássicos gregos.
E estas duas componentes, a cultura clássica e a ligação à tecnologia, e o objectivo de criar rodutos para o mundo e saber fazer, penso que poderá ter um enorme impacto nesta bomba social que nós temos em Portugal.
E é só, obrigado.

Obrigada, digo eu!
(e ao Luís Salema pelo link!)


08 março 2011

Mulheres sem nome

No livro de Plutarco, A Coragem das Mulheres, há algumas corajosas mulheres sem nome, como já anteriormente referi.
Esta é uma delas, «a esposa de Pites», que bem podia ser uma heroína das histórias que nos contavam em criança, para que delas tirássemos uma moral. 
(imagem daqui)
Diz-se também que a esposa de Pites, contemporâneo de Xerxes, foi sábia e honrada.
O próprio Pites, segundo parece, encontrou por acaso umas minas de ouro e amou a riqueza que delas provinha, não com moderação, mas de modo insaciável e desmedido. Ele passava o seu tempo à volta das minas e forçava os cidadãos a descer até lá, obrigando-os, a todos por igual, a cavar, a transportar ou a purificar o ouro, sem produzir mais nada e sem levar a cabo qualquer outra actividade.
Como muitos morriam e todos estavam completamente exaustos, as mulheres dirigiram-se, como suplicantes, à porta da esposa de Pites.
Esta ordenou-lhes que partissem e que tivessem coragem.
Ela mesma mandou chamar os artífices do ouro em quem mais confiava e, mantendo-os  encerrados, ordenou-lhes que fabricassem em ouro pães, bem como todo o tipo de bolos e frutos e quantas guloseimas e alimentos sabia que o marido mais apreciava. 
Quando tudo estava preparado, Pites chegou do estrangeiro, pois acontecia que estava ausente da pátria. E quando pediu o jantar, a sua esposa apresentou-lhe uma mesa de ouro, com todos os artefactos em outro, mas sem nada comestível.
Num primeiro momento, Pites ficou contente com as imitações, mas, depois de saciada a vista, pediu comida. No entanto, a mulher apresentava-lhe em ouro tudo o que ele solicitava. Irritado, Pites gritou que tinha fome, ao que ela respondeu: «Mas foste tu que nos proporcionaste abundância destas coisas e de mais nenhuma outra. É que desapareceram todas as actividades profissionais e ninguém cultiva a terra. Deixámos para trás as sementeiras, as plantações e o sustento que vem da terra, e procuramos e escavamos coisas inúteis, e assim nos esgotamos a nós mesmos e ao nosso povo». 
(Não sei por quê, mas esta última parte fez-me lembrar Portugal...)

A mulher de Pites era sensata e inteligente, e, depois do marido abandonar o poder, dirigiu muito bem o governo e propiciou aos cidadãos um alívio dos seus males.

Uma mulher assim dava-nos jeito.

06 março 2011

Não é triste... é tristão!

Não, não é o de Isolda. Até porque este está em minúscula.
Foi uma resposta obtida em exame:
Este é Posídon com o seu tristão.













         (Imagem daqui.)