
No tempo do Império as coisas mudaram: Roma tornou-se uma cidade cosmopolita também do ponto de vista intelectual, sendo a demanda de livros tal que as livrarias passaram a ter aquilo a que podemos chamar o início da ideia do «fundo de catálogo» (já raro hoje em dia).
Existiam nas lojas livros de escritores como Vergílio ou Tito Lívio e sabe-se que um livreiro até tinha vários volumes da Institutio Oratoria, de Quintiliano. E se lhe pedissem um livro que não tinha (o que seria comum), recorria, como antes, às bibliotecas, e mandava fazer uma cópia!
As autores não ganhavam direitos, mas atingiam, assim, um maior número de leitores (em vez de serem eles a fazer ou mandar fazer as cópias dos seus livros), e esse é o objectivo de todo aquele que publica.
Uma boa livraria em Roma? Marcial diz que há já ali uma:«procura Secundo, liberto do douto Lucense,
por trás do limiar do templo da Paz e do foro de Palas.»
(Fonte: Lionel Casson. Ver aqui)