Conta-se que um camponês, feio de aspecto, tinha receio de se tornar pai de filhos semelhantes a ele. O mesmo medo, porém, ensinou-lhe a arte de ter filhos bonitos. Juntou imagens belas e habituou a mulher a contemplá-las. Depois, quando a ela se uniu, conseguiu gerar a beleza das imagens.
Da mesma forma, com as imitações dos discursos se gera a similitude, sempre que alguém procura rivalizar com o que parece haver de melhor em cada um dos antigos e, como que reunindo de várias nascentes um só caudal, o canaliza para a sua mente.Dionísio de Halicarnasso, Tratado da Imitação, Livro Segundo, VI.1.
Edição e tradução de R.M. Rosado Fernandes para o INIC, decorria o ano de 1986.
2 comentários:
Olá Adriana
Sou nova cá no sítio, mas cativou-me pelos assuntos tratados. Compartilho alguns dos seus interesses, principalmente sobre o Classicismo e a música.
O meu blog, é muito eclético, tudo que «vale a pena» me interessa na vida. Passe por lá e dê a sua opinião.
Um abraço
E se fosse assim seria muito mais fácil explicar episódios estranhos, como o filho do casal parecer-se com o vizinho, etc., etc.
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