Diz-se cada coisa sobre ele.
Num exame, comentando este excerto (Poética, 1453b26):
É possível que uma acção seja praticada a modo como a poetaram os antigos, isto é, por personagens que sabem e conhecem o que fazem, como a Medeia de Eurípides, quando mata os próprios filhos, Mas também pode dar-se que algum obre sem conhecimento do que há de malvadez nos seus actos, e só depois se revele o laço de parentesco, como no Édipo de Sófocles.
escreveu-me um aluno:
«Neste texto é bem visível que tanto no princípio como no fim, o grau de malvadez deve estar presente, não fosse um texto de Aristóteles.»
5 comentários:
LOL Que outros textos de Aristóteles terá este aluno lido/ sido obrigado a ler?
:) Ainda bem que tanto quanto eu sei, ninguém terá guardado as respostas que dei em testes.
Análise complexa e profunda do texto, que demonstra que o aluno é muito sensível à malvadez.
Boa Páscoa
A primeira vez que li Aristóteles, há uns bons anos, sentada na cantina da cidade universitária de lisboa à frente de uma braçada de fotocópias da Metafísica, lembro-me de no final não ter propriamente dúvidas mas sim uma enorme dor de cabeça e uma interrogação apenas: "de que raio é que este gajo está a falar?"
Aristóteles! O grande génio dos génios. Lembro-me de um colega comentar que o cérebro de Aristóteles deveria estar conservado para deleite da humanidade. Que agudeza de espírito e que obra magnífica, a Poética! Deleitei-me com a Metafísica à procura do ser enquanto ser e sempre lamentei as interpretações abusivas que os aristotélicos faziam à sua obra. O verdadeiro pensamento filosófico e eclético é o do génio Aristóteles!
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