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13 setembro 2009

Escolaridade obrigatória ao 12º ano: "uma boa dose de candura"

René Magritte
(imagem daqui)


Isto não é um comentário à decisão de aumentar a escolaridade obrigatória até aos 18 anos nem à afirmação de que "todos devem passar pela escola" (diferente de a escola deve passar todos, entenda-se).

Além do propósito de dar a toda a gente tanta educação quanto possível, posto que a educação, em si, é desejável, existem outros motivos que afectam a legislação educativa, os quais podem ser de elogiar, sem falar nos que, muito simplesmente, se limitam a reconhecer o inevitável e só mencionamos como lembrança da complexidade do sistema educativo. Um dos motivos, por exemplo, para elevar o limite de idade da escolaridade obrigatória é o louvável desejo de proteger o adolescente e de o fortalecer contra as mais degradantes influências a que se expõe ao entrar no mundo do trabalho. Esse motivo exige de nós uma boa dose de candura. Na verdade, em vez de afirmar que toda a gente beneficiará com mais anos de ensino, o que é duvidoso, devíamos confessar que as condições de vida na moderna sociedade industrial são tão lamentáveis e as restrições morais tão débeis que devemos prolongar a educação da juventude só por não termos a menor ideia do que fazer para a salvar. Em vez de nos felicitarmos pelo nosso progresso, sempre que a escola assume mais uma responsabilidade que até então pertencera aos pais, faríamos melhor se confessássemos que chegámos a uma fase da civilização na qual a família é irresponsável, ou incompetente, ou indefesa, e em que não podemos esperar que os pais formem os filhos adequadamente (...).

T.S. Eliot,
Notas para uma Definição de Cultura, Lisboa, Século XXI, 1996
.
Publicado pela primeira vez em 1948, confirmado pelo autor em 1961.

08 janeiro 2008

Evolução semântica

A evolução semântica de algumas palavras do grego clássico para o moderno é muito interessante.
Vejamos παιδευω, que significava educar, e hoje significa, para além de educar e instruir, atormentar, incomodar, aborrecer.
Porque será?

23 junho 2007

Educação (Platão)

- Que queres dizer?
- Que quem é livre não deve aprender ciência alguma como uma escravatura. E que os esforços físicos, praticados à força, não causam mal algum ao corpo, ao passo que na alma não permanece nada que tenha entrado pela violência.


República, 536e