10 outubro 2007

Mais vale descoser que rasgar...

Há também a infelicidade, muitas vezes inevitável, de ter de renunciar a uma amizade.
(...)
Tais amizades devem, pois, ser diluídas pelo afroixamento da convivência, e, como ouvi a Catão dizer, mais devemos descosê-las do que rasgá-las.
(...)
Há que fazer todo o esforço por evitar que haja discórdia entre amigos; mas, se algum incidente desse tipo surgir, há que mostrar que as amizades mais se extinguiram do que foram violentamente esmagadas.

Cícero, A Amizade, 1993, INIC, Lisboa. Tradução de Sebastião Tavares de Pinho.
(à minha amiga, que muito é vista, mostrando-se muito pouco...)

5 comentários:

Anónimo disse...

Ando eu a falar de sentimentos. Se tivesse juízo pegava nos teus clássicos e botava-os tosos por lá.

está tudo dito há uma quantidade de tempo e com uma modernidade que até assusta.

Pensava que tínhamos evoluído

SOBE E DESCE disse...

Sou da mesma opinião, posso descoser as amizades mas não as rasgo.
Bj

Xantipa disse...

Querida Marta,

É por isso que gosto dos «meus» clássicos... Aprendemos muito, principalmente que pouco evoluímos em termos de sentimentos...
Beijinhos

Querida Sobe e desce,

Também eu!
Felizmente, só me lembro de uma amizade que se descoseu, realmente (e custou-me muito!) As outras situações possíveis, nem me lembro delas, o que quer dizer que não eram amizades... nem descoseu, nem rasgou: desapareceu!
:)
Beijinhos

Anónimo disse...

:-)

obrigada, amiga.

a.

Terpsichore Diotima (lusitana combatente) disse...

Em amizade sou como os primitivos...(alguns) índios, e por de certo, alguns filósofos: amizade é para a vida...
Bom nem queiras saber...