A causa da existência de muitos regimes políticos deve-se ao facto de todas as cidades possuírem uma pluralidade de partes. Assim, começamos por observar que todas as cidades são compostas por habitantes reunidos em famílias; em seguida, nessa massa de cidadãos agrupados, existem necessariamente os que são ricos, outros sem recursos, e outros de condição mediana; os ricos possuem armas, os pobres estão desprovidos delas. Vemos também que, no povo, uns são agricultores, outros comerciantes, e outros trabalhadores braçais.
(...)
É evidente que existem necessariamente muitos regimes e em cada um deles, várias formas distintas entre si, uma vez que cada uma das duas partes difere entre si da forma. Um regime é, pois, uma ordenação de magistraturas repartidas por todos conforme o poderio dos que participam no governo, ou a igualdade comum a todos; refiro-me, no primeiro caso, ao poderio dos ricos e dos pobres e, no segundo caso, à igualdade comum a ambos.
(já se está mesmo a ver o que se segue, mas continuo amanhã. A referência é sempre a mesma.)
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É evidente que existem necessariamente muitos regimes e em cada um deles, várias formas distintas entre si, uma vez que cada uma das duas partes difere entre si da forma. Um regime é, pois, uma ordenação de magistraturas repartidas por todos conforme o poderio dos que participam no governo, ou a igualdade comum a todos; refiro-me, no primeiro caso, ao poderio dos ricos e dos pobres e, no segundo caso, à igualdade comum a ambos.
(já se está mesmo a ver o que se segue, mas continuo amanhã. A referência é sempre a mesma.)
3 comentários:
Dificilmente este texto poderá adaptar-se à realidade portuguesa: onde estão os trabalhadores braçais?
JR
Pois é Xantipa, trabalhadores braçais já não existem.
Com muito boa vontade poderemo considerar trabalhador baraçal o meu vizinho que faz amanhã 101 anos e ainda hoje de manhã, no seu quintal apanhava folhas secas das roseiras.
101 anos Xantipa duma vida dura. O ano passado tirei-lhe uma fotografia, que hei-de publicar um dia quando ele se deitar para descansar. Agora felizmente ainda o vamos vendo.
Estes foram os trabalhadores braçais, dos tempos que passaram. Agora são os computadores. Estamos na era do "Magalhães".
Todos vamos de viagem mais cedo.
Um abraço
Maria
ÚLTIMA HORA
Com os olhos esbugalhados pelo seu próprio desespero, Mário Nogueira veio aos gulosos tele-jornais dar conta de um baixar da guarda por parte do MEducação.
Veio contar que tinha desmarcado as greves regionais visto que o ME teria entregue os pontos e aceitado colocar sobre a mesa de negociações tudo e mais alguma cloisa.
Mário Nogueira foi longe demais e declarou expressamente que o Ministério teria mesmo aceite discutir com a Plataforma, o Estatuto da Carreira Docente a par de, pelos vistos, poder até suspender a Avaliação dos professores.
Nada mais falso!
Estou em condições de avançar que o ME acaba de fazer sair um comunicado esclarecedor.
COMUNICADO DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO
21:00h, 5 de Dezembro de 2008
1 – Chegou hoje ao fim o processo de negociação das medidas tomadas pelo Governo no dia 20 de Novembro para facilitar a avaliação do desempenho dos professores.
2 – Os sindicatos, neste processo, não apresentaram qualquer alternativa ou pedido de negociação suplementar, pelo que o ME dá por concluídas as negociações, prosseguindo a aprovação dos respectivos instrumentos legais.
3 – O ME, mantendo a abertura de sempre, respondeu positivamente à vontade dos sindicatos, expressa publicamente, de realização de uma reunião sem pré-condições, isto é, sem exigência de suspensão da avaliação até aqui colocada pelos sindicatos. Foi por isso agendada uma reunião para o dia 15 de Dezembro, com agenda aberta.
4 – Os sindicatos foram informados que o ME não suspenderá a avaliação de desempenho que prossegue em todas as escolas nos termos em que tem vindo a ser desenvolvida.
A falta de vergonha e o oportunismo não têm limites!
Mas em que mãos se foram meter estes professores...
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