Antes de facto habitava sobre a terra a raça dos homens,
a resguardo de males, sem a penosa fadiga
e sem dolorosas doenças que aos homens trazem a morte.
Mas a mulher, levantando com a mão a grande tampa da jarra,
dispersou-os e ocasionou aos mortais penosas fadigas.
E ali só a Esperança permaneceu em morada indestrutível
dentro das bordas, sem passar a boca nem para fora
sair, porque antes já ela colocara a tampa na jarra,
por vontade do deus da égide, Zeus que amontoa as nuvens.
Hesíodo, Trabalhos e Dias, 90-99. Tradução de José Ribeiro Ferreira para a INCM.
1 comentário:
E pergunto eu: não seria melhor soltar também a Esperança? Ela não seria mais útil cá fora do que dentro da urna/jarra/caixa/whatever?
A nós Portugueses, uns macambúzios, faz muita falta!
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