26 julho 2009

De um amigo da Tamino...

(última foto da Tamino, de 25 de Junho)
... amor da sua dona.

IN MEMORIAM DA TAMINO

A Tamino era uma gata amável e terna, não fugindo de ser dura e corajosa quando entendia tal ser necessário. E isso acontecia, por exemplo, sempre que via o seu companheiro Mimi em dificuldades e a precisar de ajuda.

A sua doçura revelava-se, no entanto, quando subia ao colo; momentos esses em que sabia ser extraordinariamente leve e delicada... excepto quando se espreguiçava e as suas unhas se esticavam mais do que seria desejável...

Não se pense que, por ser leve, fosse mole. Nada disso! Na verdade, possuía uma agilidade notável, conseguindo atingir alturas nos seus saltos que deixavam toda a gente admirada. Para ela não havia lugares inatingíveis... nem que tivesse de pular dos ombros de alguém!

Amava a liberdade sem concessões e dificilmente a trocava por qualquer chamamento, mesmo que acompanhado por súplicas. A sua única fraqueza (e não são fraquezas inofensivas como esta que nos tornam mais humanos?) eram as latinhas de comida que a sua dona usava, batendo com um garfo, para a atrair. Mas, mesmo aí, quando suspeitava de ter sido enganada (só suspeita porque, naturalmente, a dona dava-lhe sempre a comida desejada), não perdia nem a sua imensa dignidade, nem a sua compostura plena de nobreza.

É que, para concluir, a Tamino sabia, com supremas inteligência e sensibilidade, ser gata e ser gatinha em toda e qualquer situação.

A sua partida é lamentada.

Não será esquecida.

4 comentários:

Gi disse...

Tu alimentavas a Tamino à base de latinhas?

Rosario Andrade disse...

Bom dia!
É tão triste quando eles partem!... eles fazem parte da nossa vida e preenchen-na à sua maneira e quando não estão os cantinhos que eles habitam não são os mesmos.

Não devo ter recebido o email pois eu respondo sempre. O meu filtro antispam deve-o ter eliminado. Peço desculpa...

Beijicos

Xantipa disse...

Querida Gi,
Não, não alimentava. Só o fazia quando ela fugia e eu a chamava, batendo na latinha. Depois não a podia enganar e dava-lhe o conteúdo. Mas podia estar meses sem lhe dar. A Tamino comia Proplan.
:)
Beijinhos

Cara Rosário,

É verdade, fazem mesmo parte da nossa vida. Obrigada pelas palavras.
Quando ao mail, já o reenviei. Espero que receba!
Um beijinho

Anónimo disse...

"Velhos soldados nunca morrem, simplesmente desaparecem"...
Como dizia o meu avô -"Tudo se acaba". Encontramo-nos no Acampamento Eterno, Tamino!