Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.
5 comentários:
Olá!
António Ramos Rosa revela com a sua poesia, ser o mais jovem poeta, mergulhamos nela e descobrimos os seus versos escritos na água...
bom fim-de-semana
paula e rui lima
o ARR aparece sempre que há uma urgência!
beijos linda
Folgo saber que gostas de violoncelo
Parabéns
jnhs
Um poeta que adoro, boa semana.
Obrigada a todos!
Bem-vindo, Delfim.
Sim, gosto muito de violoncelo (apesar da preguiça em ir às aulas).
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