01 junho 2007

de António Ramos Rosa

Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob as montanhas cinzentas
e montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora indecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração.

5 comentários:

spring disse...

Olá!
António Ramos Rosa revela com a sua poesia, ser o mais jovem poeta, mergulhamos nela e descobrimos os seus versos escritos na água...
bom fim-de-semana
paula e rui lima

Anónimo disse...

o ARR aparece sempre que há uma urgência!
beijos linda

Delfim Peixoto disse...

Folgo saber que gostas de violoncelo
Parabéns
jnhs

Barão da Tróia II disse...

Um poeta que adoro, boa semana.

Xantipa disse...

Obrigada a todos!

Bem-vindo, Delfim.
Sim, gosto muito de violoncelo (apesar da preguiça em ir às aulas).