Até lá, vou tentando ler e escrever de computadores alheios.
31 agosto 2008
ausência forçada...
Até lá, vou tentando ler e escrever de computadores alheios.
26 agosto 2008
De férias aqui...
24 agosto 2008
certeza
(Anacreonte, Fragmentos elegíacos 1. Tradução minha).
23 agosto 2008
Da natureza dos homens (bons)
Os Gregos (e os Romanos também - veja-se César, descendente de Vénus) gostavam de apresentar um deus na origem da sua família. Heródoto conta-nos esta lição dada pelos sacerdotes egípcios, sobre a natureza humana dos... homens:
Então, durante esse período de onze mil e trezentos e quarenta anos, dizem os sacerdotes, não houve rei algum que fosse um deus sob forma humana, nem aconteceu isso antes ou depois desse período entre os restantes reis dos egípcios.
O historiador Hecateu esteve antes de mim em Tebas, onde traçou para si mesmo uma genealogia que vinculava sua linhagem a um deus na décima sexta geração de seus antepassados.
Então, quando Hecateu traçou sua genealogia e reivindicou para seu décimo sexto antepassado a condição de deus, os sacerdotes também traçaram uma genealogia de acordo com o seu método de computação, pois não se deixariam convencer da possibilidade de um homem descender de um deus; eles traçam a genealogia ao longo da fileira completa de trezentos e quarenta e cinco estátuas colossais, chamando-as Píromis, filho de Píromis, mas sem associá-las com qualquer antepassado, deus ou herói (píromis em língua helênica significa apenas um homem bom).
Assim eles mostraram que todas aquelas pessoas cujas estátuas se alinhavam lá haviam sido homens bons, mas estavam muito longe de ser deuses»(texto de Herótodo daqui)
22 agosto 2008
Por hoje Nelson Évora ter feito ouvir o hino em Pequim
Há alturas em que para os homens a maior necessidade
são os ventos; outras vezes, são as águas do céu,
chuvosas filhas das nuvens.
Mas se com esforço alguém chega a vencer,
os hinos de som de mel
constituem o início de posteriores discursos
e o fiel garante para êxitos enormes.
Sem inveja alguma este louvor é devido aos vencedores olímpicos.
Píndaro, Ode Olímpica XI, in Poesia Grega, Cotovia, 2006, em tradução de Frederico Lourenço.
20 agosto 2008
As Bacas
Não sei se será esta a eleita aquando da publicação...
Voltando à tragédia de Eurípides, o nome pelo qual é conhecida é As Bacantes. Já foi várias vezes representada (vi-a há 13 anos - confirmei agora - na Gulbenkian, no anfiteatro ao ar livre, pela Escola de Mulheres) e traduzida em muitas línguas. O nome que lhe damos vem, como quase todos, através do latim, e do radical bacchant- chegamos a bacante.
Ora como o nome grego é, de facto, Βακχαι (Bacchai), o tradutor brasileiro, Jaa Torrano, optou pela forma transliterada e chamou-lhe Bacas.
Sei que não devia, mas não consigo deixar de me rir.
19 agosto 2008
As coisas são como são
18 agosto 2008
Pátio de Letras
17 agosto 2008
má rede
Os que me atendem dizem que outros me irão contactar por causa da minha reclamação, que se baseia no facto de não ter sido avisada que tinha atingido 90% do tecto gratuito e de própria TMN ter confirmado isso mesmo. Se não avisaram é porque não atingi. Ou atingi e tinham de ter avisado (aquilo são alertas automáticos, imagino. Não há-de ser uma pessoa que tem um grande mapa com os milhares de utilizadores da TMN e que diz «Olha! A Adriana atingiu 90%! Vou ter de a avisar!» e que depois se esquece).
Enfim, venho aqui sempre a correr para ver o correio e ler alguns blogues no pouco tempo que tenho até ficar sem rede. Sempre que puder, colocarei qualquer coisinha. Vamos ver quantas horas este postal vai demorar a ser publicado!
12 agosto 2008
outra carta de amor (das muito, muito antigas)
Caio Plínio saúda a sua Calpúrnia
É incrível o desejo que tenho de estar contigo.
10 agosto 2008
amor e prazer no casamento (há uns 2000 anos)
Caio Plínio saúda a sua mulher (Calpúrnia)
08 agosto 2008
Ontem, em Faro
Enfim, salvou-se a noite com a presença de António Manuel Venda, que foi quem me levou lá, e de Pedro Afonso, um antigo aluno meu que estava no grupo como jovem poeta (acabou de sair o seu primeiro livro), que animou bastante quando chegou a sua vez de falar. Levantou-se, explicou que estávamos todos na mesma margem e desenvolveu a velha metáfora do rio como o espaço da escrita de uma forma fresca, como me pareceu ser também a sua poesia.
De António Manuel Venda obtive os autógrafos para os meus/seus livros e dois dedos de conversa, daqueles rápidos de quem tecla, que havia mais quem o quisesse, mas ainda teve tempo para me dizer que deve sair um novo livro em Setembro.
Soube, entretanto, que abriu uma nova livraria em Faro, Pátio de Letras, com bar, horário alargado e happy hour de livros. Hei-de ir lá em breve.
07 agosto 2008
06 agosto 2008
As Aventuras de João Sem Medo, de José Gomes Ferreira
Tudo o resto, deixo-te a liberdade de inventar.
Desejo que vivas sempre nesta aldeia.
(Maio 1982)
(dedicatória que me escreveram no livro)
04 agosto 2008
Novo João!
455
03 agosto 2008
Queria morder e, em lugar disso, a minha boca apenas aflora.
Queria esfacelar e, na realidade, acaricio.
Em contrapartida, gostava muito de andar devagar e sou permanentemente obrigado a correr.
Sempé, Alguns Filósofos, Publicações Dom Quixote (na velhinha colecção «Humor com humor se paga»), 1985.
01 agosto 2008
se a tanto me ajudar o engenho e a... dor
(...) és transportado pelas velas do engenho ao mesmo tempo que pela dor; e cada um destes foi a ajuda um do outro. Pois o engenho acrescenta dignidade e magnificência à dor e a dor acrescentou força e amargura ao engenho.
(Carta 20 de Plínio a seu amigo Nóvio Máximo, a propósito de um livro que este escrevera . Tradução minha. Ler outras cartas aqui e aqui.)