23 novembro 2008

post descaradamente roubado

Não resisto a roubar este post à Gi:

Seis meses sem democracia

Os antigos Romanos acabaram com a monarquia por não suportarem atitudes tirânicas dos seus últimos reis, e criaram uma série de cargos executivos eleitos por um ano para evitar novas tiranias.

No entanto, quando havia uma situação excepcionalmente grave, podia-se nomear um ditador que estaria no cargo por seis meses durante os quais tomaria as decisões que entendesse, não sujeitas a veto, e pelas quais não responderia criminalmente após o fim do mandato, ao contrário do funcionamento normal da república.

Andará Manuela Ferreira Leite a estudar história da antiguidade?

11 comentários:

Gi disse...

Não precisavas roubar, eu emprestava :-)
Bj.

Teresap disse...

Vê isto e concluirás que MFL também andou a aprender umas coisas com a tese da ditadura limitada:
http://oqueeuandei.blogspot.com/2008/11/raul-proena-e-tese-da-ditadura-limitada.html
Teresap

spring disse...

Olá Xantipa!
Ainda dizem que a História nunca se repete:)
Paula e Rui Lima

Barão da Tróia II disse...

Não creio que a Antiguidade seja uma preocupação da Ti Manela, o que é pena porque eu sou daqueles que acredita que a História tem sempre a chave do futuro, se formos humildes o suficiente para reparar os erros e aprender com eles.

Joaquim Moedas Duarte disse...

A teoria política já teorizou há muito: para resolver problemas a curto e médio prazo, as ditaduras são muito mais eficazes. Mas a longo prazo, levam sempre ao atraso.
Por isso é tão importante a democracia...

Obrigado pelas tuas "provocações" sempre tão motivadoras!

Adérito, o tasqueiro disse...

Ora lá está. Ninguém percebe a senhora masé :p
Isto é muita cultura, e acaba por ultrapassar a maioria lol

Saudações Tasqueiras ;)

Flavouret disse...

Apesar de não o saber de cor e salteado, fiz questão de o pesquisar e dar a conhecer!
Mesmo sendo das pouquinhas coisas que conheço do "homem" que não é um simples "homem" mas um senhor, então, corrigindo o meu lapso, apesar de ser, talvez, o unico poema que conheço do poeta, é aquele que me inspira e levanta o astral, mesmo nos dias "não".
Passo a citar:

RECEITA PARA FAZER O AZUL - Nuno Judice

Se quiseres fazer azul,
pega num pedaço de céu e mete-o numa panela grande,
que possas levar ao lume do horizonte;
depois mexe o azul com um resto de vermelho
da madrugada, até que ele se desfaça;
despeja tudo num bacio bem limpo,
para que nada reste das impurezas da tarde.
Por fim, peneira um resto de ouro da areia
do meio-dia, até que a cor pegue ao fundo de metal.
Se quiseres, para que as cores se não desprendam
com o tempo, deita no líquido um caroço de pêssego queimado.
Vê-lo-ás desfazer-se, sem deixar sinais de que alguma vez
ali o puseste; e nem o negro da cinza deixará um resto de ocre
na superfície dourada. Podes, então, levantar a cor
até à altura dos olhos, e compará-la com o azul autêntico.
Ambas as cores te parecerão semelhantes, sem que
possas distinguir entre uma e outra.
Assim o fiz – eu, Abraão ben Judá Ibn Haim,
iluminador de Loulé – e deixei a receita a quem quiser,
algum dia, imitar o céu.

Luís Maia disse...

Também eram condenados ao ostracismo, tal como na demo portuguesa, quando os políticos portugueses vão ostracisar para a Brisa, para Galp, para CGD, para a Banca Privada ou para as empresas a que prestaram favores enquanto ministros,

isto tudo sem ditadura ainda que temporária,

S.M. disse...

;) às tantas, Dri, às tantas...
Bjks

W. C. Fields disse...

Retirado do contexto, o que ela disse tem um significado totalmente oposto.
MFL tentou ser espirituosa, usar uma imagem para colorir o seu discurso. Até eu, que não sou intelectual, vejo isso.
Mas interessante mesmo é que quem mais se "escandalizou" foram precisamente os defensores dos regimes totalitários...
Sou capaz de votar nela, pela 1ª vez na vida sou capaz de votar PSD. Ainda por cima ela parece ser o último reduto do humor, na apagada Política nacional, povoada por personangens sombrios, mesquinos e medíocres, estilo Sócrates, lateiros que estão lá para se "encherem" quanto podem a cada legislatura.

Anónimo disse...

Peço desculpa, mas não é o que já se passa em Portugal?

O princípio da Igualdade perante a lei é uma lei constitucional, mas depois há um estatuto (com valor de lei ordinária) que dá imunidades e irresponsabilidades, aos Deputados, perante as leis que subordinam os seus concidadões.

Que um juiz tenha imunidade não espanta porque o juiz não elabora leis. Aplica-as. Mas os depoutados terem imunidades? Pelas leis que fazem?

Mas não fiquemos por aqui. Queixavam-se que era o Salazar (e os amigos) quem decidia os candidatos a deputados. E agora? Não nos é imposta uma lista de candidatos (nos quais podemos ou não votar, é certo) por um pequeno grupo de pessoas que estão nas direcções dos partidos?
Qual é a diferença para o Estado Novo?

Não pense nos romanos. O sistema grego era muito melhor. E eles é que nos deram a democracia.

Obrigado pela reflexão.