Os leitores deste blogue sabem que o meu Pai me contava muitas histórias e historietas e que me recitava poemas. Também sabia muitas adivinhas, ditos engraçados e lengalengas, bem como trava-línguas e outros divertimentos linguísticos.
Aqui vai mais um, cheio de oxímoros:
Era noite e o sol brilhava por entre as trevas de um claro dia.
Um jovem ancião, sentado de pé, num banco de pau de cantaria, calado, assim dizia:
Era não era no tempo da hera, tinha o meu pai morto e minha mãe por nascer. Disseram-me que não podia ser. Pus as pernas às costas e abalei a correr.
Subi por uma escada abaixo e desci por ela acima. Lá em cima estava um pessegueiro carregado de maçãs. Colhi avelãs. Veio o dono dos marmelos e disse: «Ai, ladrão, deixa os meus figos que o meu pai tinha guardado para dar aos meus amigos!»
6 comentários:
"Era não era que andava na serra a pastar com os bois dentro dum cesto..."
(não me lembro do resto. Vou pedir ao meu para me recordar)
Abraço
Adoro oxímoros.
Na versão do meu avô, o ancião sentado num banco de pau feito de pedra era um filósofo. Lia num jornal sem letras e calado dizia: "vale mais morrer do que perder a vida".
Também gosto de Palíndromos como:
"Saíram o Tio e Oito Marias"
Para o Carlos Barbosa de Oliveira:
A base do teto desaba
A dama admirou o rim da amada
Adias a data da saída
A diva em Argel alegra-me a vida
Ame o poema
Anotaram a data da maratona
A torre da derrota
Há muitos mais na entrada "Palíndromo" da Wikipédia.
Oh!... Xantipa!
Esta lengalenga fez-me rir até às lágrimas e lembrou-me um tio meu que me embalava com ela, e tinha muitas mais engraçadas que a pouco e pouco estou a recordar.
Bj
Maria
Querido Carneiro,
Se o teu pai se lembrar, conta-me como é!
Beijinhos!
Caro Funes,
Também gosto muito!
:)
Caro Carlos,
São giros, são.
:)
Cara Maria,
Os nosso pais (e tios) sabiam coisas que se estão a perder!
Lembre-se e publique!
Beijinho
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