Pediram-me que pusesse mais um poema do Antonio Nadal. Aqui vai aquele que dá nome ao livro:
Adiós,
me llevo algo de ti,
un llanto sobre el sol
que caerá también mañana.
Sangre en la frente,
um dios en la cabeza,
hubo muros de silencio
repartido el corazón...
hasta que me vi solo.
Cimbrean las estrellas,
hojas navegadas en la noche,
un viento arrastra pedazos de sueños,
ecos de reproches.
Eres el viaje, un gozo
la espiga verde,
un dolor.
La noche un pergamino ocre
fue crepusculo de fuego,
cuando el lugar quedó solo.
Lo que eras para mí?
No sé, tal vez poco amor
y ahora mucho recuerdo.
Antonio Nadal, Hojas Navegadas en la Noche, CEDMA, Málaga, 1999
6 comentários:
Realmente é lindissimo o poema, tanto este como o anterior.
É mt bom reencontrar velhos amigos (livros) onde encontramos tesouros tão belos como estes poemas. Um grande beijinho e espero que continue a encontrar mts mais para colocar aki no seu blog.
Bjs
Ana Paula
Upss...
O vírus do hiper-romântismo medieval volta a insinuar-se na casa (coração?) da senhora de Sócrates.
Por vezes não te compreendo Xantipa; sabes ser tua a missão de acompanhares no caminho, nessa
árdua viagem - no teu regaço - um homem menino maior do que a vida em si:
um ser em maravilhosa sintonia com as virtudes da verdade e da intrínsica beleza de que esta é senhora e rainha, no âmago da mais pura das razões puras a que só por intermédio dele poderias sequer sonhar aceder.
Porque carpes, então, mulher, com poemas destes, vulgares e indestintos, poemas reiterando apenas e sempre velhas, igrejas ilusões, que nada mais fazem do que confudir bacoquismo primário com a palavra de mais fácil leitura?
Sim, porquê carpes, mulher?
Kiss
Raúl.
Cara Ana Paula,
É muito giro o reencontro com os livros!
Beijinho
Caro Raul,
Tinhas de usar um verbo defectivo, não era? Só para eu não poder dizer «não carpo!».
Enfim, não ando a carpir! LOLLL
:)
Mas adorei essa missão de que me incumbes e que não sabia minha!
Ainda por cima, de um anónimo com um dos raros nomes que não constam nos meus conhecimentos.
:)
Inté!
É assim o flirt, minha querida, anónimo e socrático, como convém a quem descende de famílias cuja linhagem se pode fazer remontar a tiranos que não os de Tebas - a grandiosa.
Assim - quase tão doce como dizer-te o mel ao mesmo tempo que te tiro o vinho e te mexo - assim, num silêncio cheio de negrume feio e verde da vontade avassaladora de não estar aqui.
Grande beijo X e já agora bela resposta, à altura, não do poema mas da pergunta defectiva.
Ontem vim aqui, comentei mas a minha net por vezes anda marada...
Volto hoje. Para dizer que li e gostei do ritmo castelhano...
Até porque sou iberista!
Caro Méon,
A sua falta fazia sentir-se!
:)
Um abraço
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