04 junho 2008

Ter tempo

Acordei com pressa, a pensar nas muitas coisas que tenho para fazer, na falta de tempo para deixar um postal no blogue. Mas logo me lembrei destas palavras de Séneca, já aqui publicadas há ano e meio:

Eu tenho todo o vagar que quero, e, aliás, só não tem vagar quem não quer. Os afazeres não andam atrás de alguém: os homens é que se agarram aos afazeres, entendendo as suas ocupações como sinónimo de felicidade.


Séneca, Cartas a Lucílio, 106

4 comentários:

Anónimo disse...

Naquele tempo já havia o problema do stress...LOL. Mas não deixa de ser verdade. O mundo não acaba se nos atrasarmos um poko para chegarmos ao trabalho. O máximo com o que podemos sofrer é ouvirmos o patrão a dizer k nos desconta do ordenado...lol.
Um beijinho e um bom dia
Ana Paula

Gi disse...

Gosto muito. No mundo de hoje, é difícil de aplicar - mas é bom lembrarmo-nos desta máxima quando vamos tão enfronhados na corrida que já quase nem sabemos para onde vamos.

O Réprobo disse...

Querida Xantipa,
era a vexata questio posta em relevo por Jünger: o homem virava a ampulheta porque queria fazer alguma coisa durante X tempo. Hoje o rádio, o relógio ou o telefone aparecem-lhe como os imperativos do tempo que o mandam fazer alguma coisa.
Beijinho

Tita disse...

Como me revejo nestas palavras. o tempo que temos é sempre o que queremos. se não queremos fazer uma coisa damos a desculpa do não ter tempo...( muitas das vezes, é claro, às vezes não temos mesmo) bjs