19 maio 2007

A beleza é um bem frágil...

Apesar de Ovídio achar que todas as mulheres podem ser apanhadas nas redes dos homens (e que estão cheias de vontade que tal aconteça - ideia que me repugna aceitar), também diz coisas como estas:

A beleza é um bem frágil; à medida que vão avançando os anos,
Vai diminuindo e, por força da idade, vai murchando;
Não ficam todo o tempo em flor as violetas nem os lírios de pétalas abertas,
E a roseira, depois de cair a flor, enrijece os espinhos, que é o que lhe resta.
Também a ti, ó jovem esbelto, te hão-de chegar os cabelos brancos,
E logo virão as rugas sulcar-te o corpo.


Ovídio, Arte de Amar, II, 113-118 - espero que os meus alunos de Latim estejam a reconhecer o teste da passada quinta-feira)

5 comentários:

Anónimo disse...

As rugas sulcam o corpo, é verdade, mas iluminam a alma e o ser que fomos construindo ao longo do caminho. "O caminho faz-se caminhando" e a beleza interior faz-se envelhecendo. Os cabelos brancos não me pesam.A sabedoria e a tranquilidade que eles me trazem, também não.

Xantipa disse...

E a tua sabedoria é imensa, querida amiga!
Muitos beijinhos!

Unknown disse...

Palavras muito bonitas, Teresa.

Beijinhos as duas!
Miguel

Anónimo disse...

Olá Xantipa

Biso as palavras da Teresa.


Nos dois posts em cima não permitem comentários.
Aconteceu sem dares por isso, como a mim, ou é de propósito?


Beijinhos

Xantipa disse...

Querida Marta,
Ainda bem que me chamaste a atenção!
Não sei o que aconteceu, mas não foi de propósito! Todos os comentários são bem-vindos!
:)
Beijinhos!