30 maio 2009
A FIMFA
28 maio 2009
Antes de morrer...
Séneca dizia que «a verdade é que por vezes continuar vivo é dar mostras de coragem!» e exortava o amigo Lucílio: «despreza a morte. Nenhum motivo de tristeza pode haver quando nos libertamos do medo de morrer.»
Há uns tempos atrás estava mais em sintonia com esta filosofia. Agora, não a desdenho, mas... não me apetecia morrer em breve.
Como não consigo pensar na minha morte, não sou capaz de enumerar oito coisas para fazer antes de morrer. Apenas posso dizer que me apetecia viver em plenitude com a pessoa que amo e ter tempo para a fazer tão feliz como ela me faz a mim.
(Como vês, Gi, deu-me agora para o sentimento)
Só não vou cumprir com a parte de reenviar...
27 maio 2009
Uma virgem concebeu de um deus
Trad. de Frederico Lourenço para as Edições Colibri, Lisboa, 1994.
*Kerényi explica (e explana entre as pp.3 e 5 do livro indicado abaixo) que os mitologemas são o material mítico de que são feitos os mitos, isto é, a que os mitos dão forma; são «an immemorial and traditional body of material contained in tales about gods amd god-like beings, heroic battles and journeys to the Underworld (...) - tales already known but not unamenable to further reshaping.»
Jung & C. Kerényi, The Science of Mythology, Routledge.
22 maio 2009
A sétima filha
Sempre soube que só nasci, porque a minha irmã mais velha tinha morrido, pois não seria intenção dos meus pais terem sete filhos.
Nunca fiquei contente por os meus pais terem passado pela morte de filhos (já vão em 4), mas neste caso específico... tenho de admitir que estou contente por ter nascido.
Sei que foi muito difícil para os meus pais fazerem festas em vez de ir ao cemitério e eu agradeço-lhes por isso, por não terem tornado este dia cinzento, mas sempre um dia de festa.
Obrigada e muitos beijinhos, Mãe. Quando aí for mostro-lhe este postal.
19 maio 2009
Educação sexual: orgias e bacanais
E até explico (traduzindo um decreto do Senado de Roma, de 186 a.C.) quais a regras de um bacanal, como esta, que indica a quantidade e a proporção de participantes:
«cinco pessoas no total, e nesse grupo de cinco não pode haver mais de dois homens nem mais de três mulheres. O número pode ser excedido por uma autorização do senado»
Se um dia os nossos parlamentares decidirem legislar...
18 maio 2009
quando a arte é a desmedida
Tenho um anãozinho destes, de Ottmar Hörl.
Tenho uma flor de plástico e pano numa jarra lindíssima de design contemporâneo.
Na sexta e no sábado, a questão do kitsch levantou-se em dois momentos diferentes e eu expliquei, a quem me perguntou, que achava que o kitsch era uma opção estética, uma intencionalidade de um uso de um elemento que, entre iguais, seria piroso ou foleiro, mas que descontextualizado e com essa intencionalidade era kitsch.
No domingo, a arrumar papéis, encontrei, por mero acaso, um artigo da minha colega (de quem não sei há tanto tempo e com quem gostava tanto de conversar) Idalina Sardinha, da Universidade da Madeira, intitulado «"kitsch" e "artesanato" na Madeira» (in Espaço-Arte, Funchal, ISAPM, nº 7, s.d., pp. 30-37). Muito interessante. Citando Moles, explica que o kitsch é a medida do homem quando a arte é a desmedida. Gostei. E continua Moles a dizer que o kitsch dilui a originalidade a um nível de mediania para que esta seja aceite por todos (tradução de tradução: minha do francês que está no artigo, sendo que o original é alemão).
Decidi então procurar mais informações sobre o kitsch e aqui aprendi que afinal não gosto verdadeiramente de kitsch, pois aquilo a que chamo kitsch é resultado de um uso metacomunicativo e elitista da palavra. Ufa!
16 maio 2009
obra de arte
-Eu acredito que há um sopro divino em cada criação.
- Tenho uma ideia diferente. Para mim uma obra de arte é o trabalho árduo que o artista constrói à volta de um momento de maior sensibilidade. Não acredito nessas coisas de inspirações divinas, de sopros ao ouvido.
12 maio 2009
Fim da semana em cheio, no Algarve
Sendo a minha área de formação inicial os estudos clássicos e portugueses e gostando eu de escrever, estas actividades não me dispersam e contam, efectivamente, para me darem alegrias, bons momentos, e isso é fundamental para o meu pequeno percurso de vida, que é isso mesmo que signifia curriculum vitae.
Quem estiver pela zona, apareça!
09 maio 2009
livros de hetero-ajuda: os antigos dos antigos
(...)
(...)
08 maio 2009
Escola trilingue
07 maio 2009
Outra de que ninguém se lembra mas que está na net, é o Randall e Hopkirk . O problema era que eu só me lembrava de ser Randal e algo como «Opecaique» e foi um caso sério para a descobrir. Gostava daquele detective fantasma que entrava em todo o lado e que ninguém via e era atropelado no início de casa episódio (eu era pequenina e não sabia que se chamava genérico).
Do Casei com uma Feiticeira só me lembro daquele nariz que me fascinava! Mais tarde vi alguns episódios, mas não foi a mesma coisa.
Recordo-me de gostar de O Sinal do Dragão, com David Carradine, da qual me ficou na memória o genérico em que se via o rapaz em criança e, mais tarde, como ficara tatuado no braço o sinal do dragão. Lembro-me ainda do professor cego que lhe dava lições de moral, em forma de adágios.
Sandokan - Gostava muito de ver as aventuras do Tigre da Malásia. No ciclo preparatório, todas adorávamos os olhos do Kabir Bedi...
Passo a quem quiser!
04 maio 2009
oximorices
Os leitores deste blogue sabem que o meu Pai me contava muitas histórias e historietas e que me recitava poemas. Também sabia muitas adivinhas, ditos engraçados e lengalengas, bem como trava-línguas e outros divertimentos linguísticos.
Aqui vai mais um, cheio de oxímoros:
Era noite e o sol brilhava por entre as trevas de um claro dia.
Um jovem ancião, sentado de pé, num banco de pau de cantaria, calado, assim dizia:
Era não era no tempo da hera, tinha o meu pai morto e minha mãe por nascer. Disseram-me que não podia ser. Pus as pernas às costas e abalei a correr.
Subi por uma escada abaixo e desci por ela acima. Lá em cima estava um pessegueiro carregado de maçãs. Colhi avelãs. Veio o dono dos marmelos e disse: «Ai, ladrão, deixa os meus figos que o meu pai tinha guardado para dar aos meus amigos!»
03 maio 2009
Chorei, pronto!
Outras memórias. Sicília. Mi sono innamorato di te perché non avevo niente da fare...
Je suis malade cantado por Dalida e Serge Lama.
Não sabia que tinham cantado juntos.
E não tinham.
Já reparaste que faz anos hoje que morreu?
22 anos depois, aqui vos deixo Je suis malade:
02 maio 2009
Não foi desta...
É por estas e por outras que não gosto de monopólios, maiorias absolutas e coisas assim.