22 dezembro 2010
26 novembro 2010
lançamento espacial
Um livro 5 estrelas
Apareça, vá lá. O que é que eu tenho de fazer? Hã?
25 novembro 2010
Da utilidade da música
a música é útil em muitas ocasiões, apresentou Aquiles digerindo sua ira contra Agamémnon através da música que aprendeu do sapientíssimo Quíron:
e encontraram-no deleitando seu espírito com a
[melodiosa fórminge,
bela obra de arte; em torno, argênteo jugo havia:
escolheu-a dentre os espólios depois de destruir a
[cidade de Eétion.
Com ela alegrava seu coração e cantava glórias de homens [Ilíada, IX, 186-189]
eles, o dia todo, apaziguavam o deus com um canto,
esses versos, nobre mestre, uso como conclusão do meu discurso sobre a música. (...)
23 novembro 2010
Profissão perdida
Ao ver tantos especialistas em cinema juntos e quando tanto se fala da falta de rigor nas reconstituições históricas nesta arte, já me tinha interrogado se os realizadores não chamariam classicistas para lhes darem conselhos sobre o décor, por exemplo.
Bem, eles lá chamar, chamam.
O simpático e conversador Lloyd Llewellyn-Jones , classicista, especialista em história antiga (Pérsia) e vestuário na antiguidade, foi consultor («consultant for set and costumes») de Oliver Stone no filme Alexandre.
E depois?
Depois, aquilo que era realidade não interessava cinematograficamente ou os actores não gostavam daquela cor ou daquele corte de vestido...
E pronto. Quando Lloyd Llewellyn-Jones perguntou a Oliver Stone o porquê de não terem seguido as suas indicações, a resposta foi: «I'm sorry».
Se ser consultor de realizadores não pegou na América, já vejo que, por aí, não vou ter futuro no cinema em Portugal.
12 outubro 2010
Acabou há quase um mês...
Loulé, Alcaidaria do Castelo, 6 a 17 de Setembro de 2010
«Estudos sobre o Mediterrâneo», integrado no projecto charme Loulé, foi o mote para reunir diversos professores da Universidade do Algarve (mais concretamente da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais) e seus convidados perante um grupo de pessoas interessadas em aprender e experimentar novos saberes, num contexto não académico, mas com toda seriedade e empenho que caracteriza o ensino superior.
Não era preciso ter nenhum saber prévio e os participantes, oriundos de formações muito distintas, deram o seu parecer positivo (muito positivo) a esta iniciativa.
Ter uma sala cheia, durante duas semanas, ao fim do dia, quando o sol ainda convidava para uma ida à praia, foi uma alegria!
Agora, em jeito de balanço, sinto-me feliz pelo modo como tudo decorreu. Foi um desafio que aceitei e que se revelou muito compensador pela qualidade de todas as pessoas que conheci. Aquelas que, da parte da Câmara Municipal de Loulé, apoiaram a Universidade do Algarve neste projecto foram de uma discrição e eficiência de louvar.
E espero voltar a ver aqueles com quem privei diariamente durante duas semanas, se não antes, pelo menos numa nova edição desta aventura, já para o ano.
Obrigada!
11 setembro 2010
O auriga da Lusitânia
Do jornal Económico de 7 de Setembro:
Desportista mais rico da história era Lusitano
Rui Barroso
07/09/10 13:00
Os milhões de Cristiano Ronaldo e até do golfista Tiger Woods, o desportista mais rico da actualidade, não se comparam aos prémios conseguidos por um condutor de quadrigas lusitano no tempo do Império Romano.
Segundo uma investigação da Universidade da Pensilvânia, citada pelo Expansión, o desportista mais rico de toda a história foi Gaius Appuleius Diocles, um condutor de quadrigas nascido na Lusitânia no ano de 104.
Segundo os investigadores, Diocles angariou qualquer coisa como 35,863 milhões de sestércios, a que corresponderiam actualmente 11,6 mil milhões de euros. A maquia amealhada pelo desportista luso era o suficiente para abastecer de cereais a capital do Império Romano durante um ano.
Diocles participou em mais de quatro mil corridas da "Fórmula 1" dos romanos, tendo vencido quase 1.500 dos desafios. Por 815 vezes liderou as corridas desde o início, em 67 vezes conseguiu a liderança nas últimas voltas e em 36 ocasiões sagrou-se vencedor mesmo na recta final.
O corredor lusitano tornou-se profissional aos 18 anos e morreu aos 42. Está sepultado em Roma. Na lápide estão inscritas as estatísticas da sua carreira.
Para quem quiser ler ficção sobre Diocles, pode ler este El Auriga de Hispania, de Jesús Maeso de la Torre.
07 setembro 2010
A bela infanta está viva!
É uma actividade da Universidade do Algarve, através da FCHS, com o município de Loulé, no âmbito de uma candidatura ao QREN (o esboço do que estamos a fazer está aqui, na página 30).
Isto, porque os romances ainda electrizam!
Deixo aqui três exemplos, partindo do romance «A bela infanta».
O primeiro, do romanceiro de Almeida Garrett:
Estava a bela infanta
No seu jardim assentada,
Como o pente de oiro fino
Seus cabelos penteava.
Deitou os olhos ao mar
Viu vir uma nobre armada;
Capitão que nela vinha,
Muito bem que a governava.
– «Diz-me, ó capitão
Dessa tua nobre armada,
Se encontraste meu marido
Na terra que Deus pisava?»
– «Anda tanto cavaleiro
Naquela terra sagrada...
Diz-me tu, ó senhora,
As senhas que ele levava.»
– «Levava cavalo branco,
Selim de prata doirada;
Na ponta da sua lança
A cruz de Cristo levava.»
– «Pelos sinais que me deste
Lá o vi numa estacada
Morreu morte de valente:
Eu sua morte vingava.»
– «Ai triste de mim viúva,
Ai triste de mim coitada!
De três filhinhas que tenho,
Sem nenhuma ser casada!...»
– «Que dirias tu, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «Dera-lhe oiro e prata fina,
Quanta riqueza há por i.»
– «Não quero oiro nem prata,
Não nos quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «De três moinhos que tenho,
Todos três tos dera a ti;
Um mói o cravo e a canela1 0
Outro mói do gerzeli:1 1
Rica farinha que fazem!
Tomara-os el-rei pra si»
– «Os teus moinhos não quero
Não nos quero para mi;
Que diria mais senhora,
A quem to trouxera aqui?»
– «As telhas do meu telhado
Que são oiro e marfim.»
– «As telhas do teu telhado
Não nas quero para mi:
Que darias mais, senhora,
A quem no trouxera aqui?»
– «De três filhas que eu tenho,
Todas três te daria a ti:
Uma para te calçar,
Outra para te vestir,
A mais formosa de todas
Para contigo dormir.»
– «As tuas filhas, infanta,
Não são damas para mi:
Dá-me outra coisa senhora,
Se queres que o traga aqui.
– «Não tenho mais que te dar,
Nem tu mais que me pedir.»
– «Tudo, não, senhora minha,
Que inda te não deste a ti.»
– «Cavaleiro que tal pede,
Que tão vilão é de si
Por meus vilões arrastado
O farei andar aí
Ao rabo do meu cavalo
À volta do meu jardim
Vassalos, os meus vassalos,
Acudi-me agora aqui!»
– «Este anel de sete pedras
Que eu contigo reparti...
Que é dela a outra metade?
Pois a minha, vê-la aí!»
– «Tantos anos que chorei,
Tantos sustos que tremi!...
Deus te perdoe, marido,
Que me ias matando aqui.
E o terceiro, uma verdadeira gracinha encontrei neste mundo fantástico que é a Internet.
Escrita em 2008 por João Luís, um aluno do 6º ano do Agrupamento de escola Afonso de Paiva, esta versão contemporânea (já sei que me vão corrigir e dizer que a isto não se chama uma versão, mas, enfim, perdoem-me) é muito engraçada... mas não a consigo colar aqui. Tentei, tentei, mas não consegui.
Sigam o link da escola e divirtam-se!
05 setembro 2010
Sobre o casamento
Por exemplo, o sábio Tales, quando foi pressionado pelos rogos da mãe para que casasse, evitou muito bem as suas instâncias e esquivou-se dizendo-lhe no início “ainda não é o momento, mãe”, e mais tarde “já não é o momento, mãe”.
14 julho 2010
interesses filológicos...
Às vezes identifico-me com insuspeitas personagens de romances policiais.
"I came across a particulary fascinating text (...). It seems to be - "
"Sit down, Walter, and be quiet", said Emerson amiable. "No one wants to hear about your obscure philological interests."
07 julho 2010
Dão-se alvíssaras...
03 julho 2010
«As lendas só são lendas porque acreditamos nelas»
01 julho 2010
Cultura.sul
Este caderno vem com o Público (no Algarve, apenas), na 1ª sexta-feira de cada mês.
Na página das letras escrevo um texto principal e duas pequenas rubricas, «Da minha biblioteca» e «Itinerários».
O mote será sempre o Algarve: ou escritores de cá, ou publicados cá, ou que venham cá, bem como livros com referências explícitas a esta região, etc.
(*Actualização: excepcionalmente, sai este sábado em vez de sexta-feira.)
30 junho 2010
Dão-se alvíssaras
Que posso comprar outro?
Posso, mas quero aquele, que me é muito querido.
Recebê-lo-ei, e ao seu portador, com um delicioso bolo de chocolate.
27 junho 2010
Será que se pode dizer que...
25 junho 2010
Contributos para um próximo livro de António Manuel Venda
Caso estejas a pensar escrever outro, António, deixo-te aqui algumas ideias para títulos de contos:
23 junho 2010
Dão-se alvíssaras!
Ficarei muito agradecida e celebraremos esse acto com chá e bolinhos.
Aqui vai o primeiro:
21 junho 2010
Dia de sorrisos
Por isso o mundo visto pelos olhos - ou pela máquina fotográfica - do pequeno Tukie, ou do pai do pequeno Tukie, é um mundo em que o fantástico não existe como tal.
Por isso chamei a este livro um livro de felicidade.
Felicidade, porque ali não há sentimentos que ferem e magoam.
E apesar de conseguir muito bem construir o suspense, as histórias que ele nos conta acabam serenamente, com ternura e humor.
E quem me observou a ler o livro terá visto claramente os meus sorrisos nada enigmáticos.
19 junho 2010
Regras de Etiqueta para Gatos Inexperientes
Enviaram-me estas regras por e-mail e não resisti a publicar aqui (não sei quem é o autor).
As fotografias que ilustam o post não foram tiradas de propósito, pois já as tinha em casa, visto que os meus bichos são muito educadinhos e cumprem estas regras todas!
1) Se tiver que vomitar, salte rapidamente para o sofá. Se o sofá estiver longe demais, procure um bom tapete.
(eles fazem-no: sofá, tapete, secretária, mesa, papéis... mas nunca tirei fotografias do acto...)
3) Prefira sentar-se no colo ou esfregar-se nas pernas das pessoas que trazem calças. Escolha, de preferência, aquelas com cores diferentes das suas.
4) Acompanhe sempre as visitas que vão à casa de banho. Não é necessário fazer nada. Basta sentar-se e ficar a olhar.
5) Trate das visitas que digam "Adoro gatos!" com total desprezo e esteja pronto a passar as unhas pelas suas meias ou, eventualmente, a morder os seus calcanhares.
8) Se algum dia encontrar uma senhora tricotando, suba no colo dela e deite-se. De repente, estique a pata e, como quem não quer nada, dê uma boa patada nas agulhas. Observe os acontecimentos: isso se chama perder o fio da meada. A senhora tentará atrair sua atenção para outras partes da casa. Ignore-a.
(infelizmente, nesta casa não se faz malha...)
9) Quando encontrar alguém a fazer o trabalho de casa, sente-se na folha de papel que estiver a ser estudada. Depois de ter sido removido de lá pela terceira vez, vá para outro canto da mesa e empurre tudo que se mexa: lápis, cola, tesoura e o que mais houver.
10) Durma bem durante o dia para estar bem fresco e pronto para brincadeiras entre 2 e 4 horas da manhã. Se seu humano trabalhar durante a noite, modifique seus hábitos de sono para poder estar com a corda toda entre as 10h e o meio-dia.
Gatos nestas fotos: Tamino, Mimi e Diotima.
Participação especial da cadela Natacha.
Ah, sim, de alguns humanos, sem os quais a vida não teria tanta graça.
18 junho 2010
A carta cor de violeta...
(As Intermitências da Morte, p. 214)
15 junho 2010
Colóquio Justiça na Antiguidade
E ainda não é desta, pois amanhã e depois estarei no Colóquio «Justiça na Antiguidade».
Durante dois dias, na sala Multiusos 2 da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, um pequeno grupo irá debater este assunto, dias 16 e 17.
A organização é do Centro de História da Cultura, através do grupo de Estudos da Antiguidade.
Do programa constam estas palestras:
José das Candeias Sales (CHUL/Univ. Aberta): O caso Paneb. Entre a frustração e o senso de justiça.
Francisco Caramelo (CHAM/FCSH/UNL): “Conselho a um príncipe”: o poder real e o paradigma da justiça na Mesopotâmia.
Augusto Ramos (CHUL/FLUL): Universos da justiça, no horizonte bíblico.
Armindo Vaz (Universidade Católica): A justiça na Bíblia hebraica.
Delfim Leão (CECHUC/FLUC): Fontes para o estudo do Direito ático.
Adriana Nogueira (CECHUC/Univ. do Algarve): Justiça, Lei e Poder na História da Guerra do Peloponeso.
Leonor Santa Bárbara e Luís Manuel Bernardo (CHC/FCSH/UNL): A justiça na doutrina epicurista.
António Moniz (CHC/FCSH/UNL): A Justiça ciceroniana.
Nuno Simões Rodrigues (CECHUC/CHUL/FLUL): Fabulæ et iustitia. Mitologia e justiça na arena romana.
13 junho 2010
11 junho 2010
Amanhã: o sorriso enigmático do javali...
Até amanhã!
10 junho 2010
Opera in fieri - Universidade de Coimbra
Hoje vou para Coimbra para amanhã poder participar nesta actividade.
08 junho 2010
A culpa...
Plutarco, Péricles, 36 - DK80 A10
Edição de Sofistas, Testemunhos e Fragmentos, INCM, 2005.
05 junho 2010
frente e verso
... é podermos ver as estátuas de vários ângulos.
Antonio Canova
As Três Graças
(Ermitage, 2010)
03 junho 2010
The Master of Petersburg: o que é ser leitor
Diz Dostoievski:
«All the time you were reading my son's story - let me say this - I noticed how you were holding yourself at a distance, erecting a barrier of ridicule, as though the words might leap out from the page and strangle you.»
Something has began to take fire within him while he has been speaking, and he welcomes it. He leans forward, gripping the arms of the chair.
«What is it that frightens you, Councillor Maximov? When you read about Karamazin or Karamazov or whatever his name is, when Karamazin's skull is cracked open like an egg, what is the truth: do you suffer with him, or do you secretly exult behind the arm that swings the axe? You don't answer?
Let me tell you then: reading is being the arm and being the axe and being the skull; reading is giving yourself up, not holding yourself at a distance and jeering.»
(desta edição, pp. 46-47)
01 junho 2010
KAL. IVN.
30 maio 2010
28 maio 2010
27 maio 2010
AVE CAESAR... OU LÁ QUEM SEJAS!
25 maio 2010
No Ermitage
Começo com uma breve divagação sobre o nome do museu.
No livro oficial lá do sítio, na indicada como «nova» versão em português (de 2008), o nome é assim justificado:
Tenho de investigar se há alguma opinião oficial sobre o assunto. Até indicação em contrário, escreverei sem «H».
Deixo aqui umas notas e um exercício sobre Antonio Canova e as suas estátuas de Eros (ou Cupido) a beijar Psique.
No Ermitage está esta estátua (foto que tirei com toda a legalidade: paguei 200 rublos para poder usar a máquina no museu):
E no Louvre está esta:
Deixo-vos esse prazer.
14 maio 2010
Se não fosse a Rússia...
O novo livro, esse, sai hoje, e espero que mo ofereçam pelos anos!
10 maio 2010
Leda e o cisne e os seus gémeos verdadeiros e falsos
O meu amigo Zé Bandeira foi desenganado pela sua augusta Mãe, quando lhe perguntou se ela e o tio poderiam ser gémeos verdadeiros.
Meu querido Zé,
Tu, um amante da antiguidade clássica, sabendo que Helena era gémea de Pólux e que Clitmnestra gémea de Castor (na imagem vêem-se bem os bebés a sair dos ovos), e sendo cada par de gémeos verdadeiros (os primeiros, fruto de um óvulo fecundado por Zeus e os segundos de outro fecundado por Tíndaro) gémeos falsos dos outros, extrapolaste para a tua realidade.
É simples!
Beijinhos
P.S. Há versões em que, apesar de Helena e Pólux serem os filhos de Zeus, foram chocados em ovos separados: as meninas num ovo e os meninos noutro, sendo cada um de fecundação dupla, divina e humana. Mas penso que esta versão não interessa para a tua argumentação...
28 abril 2010
Hoje, Faro: Pepetela - Doutor honoris causa
Hoje, às 16h, no Grande Auditório do Campus de Gambelas (UAlg), realiza-se a cerimónia de atribuição do grau de doutor honoris causa a Pepetela.
A entrada é livre.
27 abril 2010
Tertúlias Pré-socráticas, em Coimbra
A sexta sessão do ciclo de Tertúlias Pré-Socráticas, dedicada a Pitágoras & Os Pitagóricos, realizar-se-á no dia 28 de Abril, quarta-feira, às 18:00, no TAGV, e contará com a presença de José Pedro Serra, da Universidade de Lisboa.
26 abril 2010
sobre a amizade
Ora bem: se tu usaste esta palavra não no seu verdadeiro sentido mas antes em sentido genérico, e lhe chamaste "amigo" tal como a todos os candidatos nós chamamos "respeitáveis cidadãos", ou como às pessoas que encontramos e cujo nome não nos ocorre, cumprimentamos como "senhor fulano" ainda é aceitável; se consideras, porém, "amigo" alguém em quem não confias tanto como em ti próprio, então cometes um erro grave e mostras não conhecer bem o significado da verdadeira amizade.
Delibera em comum com o teu amigo mas começa por formular sobre ele um juízo correcto: após o início da amizade, há que ter confiança. Antes, sim, é que se deve ajuizar. Confundem as obrigações inerentes a este princípio aqueles que, ao contrário dos ensinamentos de Teofrasto, formulam juízos depois de iniciada a amizade, e não estabelecem relações de amizade depois de formularem juízos. Pensa longamente se alguém é digno de que o incluas no número dos teus amigos; quando decidires incluí-lo, então recebe-o de coração aberto e fala com ele com tanto à vontade como contigo próprio.
23 abril 2010
Na capital
Pois bem, é hoje, no momento mais inoportuno, que o actualizo.
Estou na Universidade Nova de Lisboa, onde está a decorrer o Congresso Internacional Representações da República. No meio de tantas palestras, ainda há espaço para os nossos clássicos e para o meu Tucídides.
Apareçam, que têm muito por onde escolher!
02 abril 2010
Que lindo, o Latim!
«o nominativo sabe quem é quando ajudado pelo genitivo».
Depois explico o que tudo isto quer dizer, todos vão compreender e ver como é bonito e vão concordar que o português também é preguiçoso, porque só deixou casos nos pronomes pessoais.
Vá lá... não me acordem!
31 março 2010
Malvado do Aristóteles!
Diz-se cada coisa sobre ele.
Num exame, comentando este excerto (Poética, 1453b26):
escreveu-me um aluno: