Por que tem sempre de doer?
Tal foi o desejo de amor, que me cobriu o coraçãoe cerrada treva derramou sobre meus olhos,arrebatando do meu peito as débeis forças.(Frg. 191)Miserável, jazo atolado no desejo,inânime, e penosas dores, por vontade dos deuses,me percorrem os ossos.(Frg. 193)Arquíloco, daqui.
2 comentários:
É curioso, Adriana, como as palavras traduzem uma situação de extremo desgaste e miséria mas, no entanto, sinto que Arquíloco ao escrevê-las estava bem de pé (não jacente) e nada débil. Suspeito, mas não tenho a certeza, que há aqui uma ironia forte com a qual não consigo de deixar de simpatizar e que me faz sorrir.
Está mais perto da verdade do que imagina!
Pelo resto dos fragmentos (que aqui não pus) pode deduzir-se que o poeta está, provavelmente arrependido de ter casado.
:)
Bj
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