05 outubro 2008

quando alguém nasce, nasce selvagem, não é de ninguém

Nas minhas domingueiras arrumações encontrei um livro de Chadwick (que usei bastante como fonte dos meus Hércules), The Mycenaen World. Percorro o livro em busca de sublinhados, numa espécie de auto-voyeurismo. Encontro (e traduzo):

No sistema grego [de atribuição de nomes], as mulheres usam o nome do pai em genitivo* se são solteiras e o do marido se são casadas; ainda hoje, na Grécia, permanece o hábito das mulheres casadas terem o apelido em genitivo.

*O genitivo é o caso que indica a posse (como o caso possessivo em Inglês).

6 comentários:

Gi disse...

Isso é assim?
Dás-me exemplos, p.f.?
Só curiosidade...

Xantipa disse...

Querida Gi,
É mesmo assim. Por exemplo, a minha amiga Ana é casada com o Iannis Georgakopulos e ela é Georgakopulou. Se fizeres uma busca por estes nomes no Google vais ver que os que terminam em -os referem-se a homens e os que terminam em -ou a mulheres.
Repara, por exemplo, na compositora Eleni Karaindrou.
Na verdade, no nosso protocolo oficial, as esposas são as «senhoras de», seguindo-se o nome do marido. Não é o nome delas que consta nas mesas, por exemplo.
Enfim...

Xantipa disse...

Correcção: Georgakopoulos e Georgakopoulou (faltava um -u)

Gi disse...

Obrigada!
Adoro aprender estas coisas :-)

Paulo Cunha Porto disse...

Com as conjugações de Pretéritos Perfeitos do Indicativo que há em Português terminadas em "ou", deve dar combinações engraçadas para um compatriota nosso que leia, Querida Xantipa.
Beijinho

S.M. disse...

Barbosou e Augustou, teria sido o meu caso... Curioso... E se fosse em latim... talvez Barbosae e Augustae. Mas como agora sou só "de mim", volto a Barbosa , que é mais nobre. Só faltava ser "du Bocage". Beijinh@s