30 junho 2008
SVBEEV - Vá lá! Manda uma carta!
29 junho 2008
Vidas passadas
Diagnóstico de su vida pasada:
Un breve perfil psicológico de su vida pasada: :
La lección que su vida pasada le ha dado para la encarnación actual :
28 junho 2008
eufemismo
Não sei porquê, achei que era eu a causa daquele eufemismo...
27 junho 2008
«o artista é como um pato numa barraca de tiro»
Não tenho como digitalizar a página que aqui reproduzo apenas em palavras, mas assim poderão ver o nível do texto. A ambiência é semelhante à acima apresentada. Deixo-vos com uma prancha do volume III - As Ruínas de Babel - de A Pior Banda do Mundo.
8. O Desporto Nacional
Kaspar Grosz, secretário-geral do Partido Impopular Idiossincrático, considera que os inquéritos têm efeitos pernicionos.
- O cidadão comum é tão frequentemente solicitado a responder a inquéritos, sondagens, eleições e referendos, que se convenceu de que a sua opinião tem algum préstimo.
Sobretudo no domínio artístico, pois uma vez que neste existe uma forte componente subjectiva, logo assumem que qualquer opinião é tão boa como qualquer outra.
Assim, tornou-se comum que criaturas que ignoram o que seja um hemistíquio ou uma hipálage discorram com à vontade sobre literatura, ou que, desconhecendo o que seja um pizzicato, uma semi-fusa ou até mesmo um contrabaixo, emitam juízos definitivos sobre música!
Todos parecem ter uma necessidade imperiosa de espalhar a 4 ventos a amálgama de ignorância e preconceito que faz a vez do gosto educado e da cultura.
Frederico Bayer, designer de pastelaria [cumprimentando um músico]
-Ouvi a sua «sonata sub-sónica» para mega-harpa e contra-ocarina... não está má, mas julgo que o acorde final deveria ser maior e não menor.
(...)
[continua Kaspar Grosz]
- Nos tempos que correm, o artista é como um pato numa barraca de tiro: qualquer burgesso que pague bilhete se julga com direito a disparar sobre ele!
26 junho 2008
Adiós
Adiós,
me llevo algo de ti,
un llanto sobre el sol
que caerá también mañana.
Sangre en la frente,
um dios en la cabeza,
hubo muros de silencio
repartido el corazón...
hasta que me vi solo.
Cimbrean las estrellas,
hojas navegadas en la noche,
un viento arrastra pedazos de sueños,
ecos de reproches.
Eres el viaje, un gozo
la espiga verde,
un dolor.
La noche un pergamino ocre
fue crepusculo de fuego,
cuando el lugar quedó solo.
Lo que eras para mí?
No sé, tal vez poco amor
y ahora mucho recuerdo.
Antonio Nadal, Hojas Navegadas en la Noche, CEDMA, Málaga, 1999
25 junho 2008
Confusión
Confusión
Serías capaz de amar hoy
un día, este o aquel momento?
Yo sería capaz de no amar,
de olvidar a los muertos,
de desterrarme a mí mismo.
Podría aborrecer
a quien me ama.
Solo la soledad me entiende.
Hoy mejor no verte.
Me molestaría tu vestido, tu perfume.
Hoy soy capaz de odiar. Estoy ufano.
Ayer amé.
Qué extraños sentimientos son éstos
que nacen al despertar!
Escribo odiándome
y amando tu recuerdo.
Hago un último esfuerzo.
Tan joven era yo hace tres años?
De las tristes empresas de tua lágrimas,
yo labraría ilusiones en tus ojos.
[De la juventud, dolor y poesia (1967-1970)]
Antonio Nadal, Hojas Navegadas en la Noche, CEDMA, Málaga, 1999
24 junho 2008
Poesia Arcaica???
Na forma, é de uma sofisticação que ainda hoje nos deixa pasmados. Na expressão, é tão incomparavelmente subtil que, ao lado dela, a poesia subsequente arrisca-se a parecer-nos kitsch e ordinária.
«Arcaica» é, portanto, uma designação meramente periodológica, referindo-se ao período, na Grécia, que compreende os séculos VI e VI antes de Cristo.
Faço minhas as palavras do Frederico Lourenço (Grécia Revisitada, Livros Cotovia, 2004).
Neste blogue já foram publicados alguns poemas. Pode lê-los aqui, aqui, aqui e noutros lugares.
Deixo um, traduzido por mim, no ano passado:
As minhas fontes já estão grisalhas
e a minha cabeça branca;
A fresca juventude já não está comigo,
Os meus dentes estão velhos
E já não me resta muito
tempo da doce vida ;
Por isso lamento-me com frequência,
receando o Tártaro: pois
as profundezas do Hades
são terríveis, e a descida para lá
é difícil; e também é certo que
quem desce não volta a subir
22 junho 2008
queda dos deuses
Gonçalo M. Tavares, Aprender a rezar na Era da Técnica, p. 27
21 junho 2008
o que é a internet?
Eu - Isto é um computador com Internet.
Mãe - Então, o que é a Internet?
Mãe - Não...
Mãe - Já não estou a perceber bem o que estás a dizer...
Eu (continuando) - Aliás, a mentira, mesmo nas relações tradicionais, sempre existiu. Sempre houve enganos, aldrabices, burlas, roubos... nem acho que a Internet os tenha potenciado. Apenas os modificou. Agora só precisamos de nos adaptar a esta nova forma de nos relacionarmos, de nos conhecermos, e de aprendermos a ganhar algumas defesas e a ler alguns sinais.
Mãe - Não sei bem o que estás a dizer, mas tem cuidado.
Eu (abraçando-a com um beijinho) - Está bem, Mãe.
20 junho 2008
nobreza
por de nobre carácter entendo aquele que não perde as suas qualidades naturais.
Ora, a maior parte das vezes, não é isso que acontece com os nobres, pelo contrário, muitos deles são de vil carácter.
Nas gerações humanas há uma espécie de colheita, tal como nos produtos da terra e, algumas vezes, se a linhagem é boa, nascem durante algum tempo homens extraordinários, depois vem a decadência.
As famílias de boa estirpe degeneram em caracteres tresloucados (...); as que são dotadas de um carácter firme degeneram em estupidez e indolência.
Gonçalo M. Tavares em Albufeira
No mail que a simpática Ana Paula Miguel (Divisão de Assuntos Culturais) me enviou, acrescentou: «Para além disso, está a ser organizada uma pequena animação teatral (surpresa!) relacionado com a obra do escritor a cargo do grupo de teatro “A Gaveta”. Espero que o público goste mesmo…»
Está feito o convite. Vou lá estar também. Até logo!
19 junho 2008
18 junho 2008
17 junho 2008
Ausência
Cinco, responde Mylia.
Vês?, diz Witold, tens a mão toda.
Falta a mão, insiste Mylia.
Gonçalo M. Tavares, Jerusalém, p.185
16 junho 2008
15 junho 2008
Europa
(III)
Gonçalo M. Tavares, Jerusalém, p.113 (Caminho, 2005)
14 junho 2008
votar no melhor (em itálico)
13 junho 2008
lifelong learning
Ésquilo, Agamémnon, 583-4, em tradução de Manuel de Oliveira Pulquério para as Edições 70
12 junho 2008
O muro de Adriana
Conselho
(Fernando Pessoa)
11 junho 2008
10 junho 2008
escuteiros
Escuteiros...a que gente entregamos os nossos filhos?
A quem entregamos os nossos filhos? Aos Escuteiros?
LS, que tinha sido em tempos do século passado escuteiro e dirigente do CNE, achou por bem levar o seu filho SS para os escuteiros.
Foi para o agrupamento 61, Santa Maria dos Olivais, Lisboa, onde era chefe de Agrupamento JC, antigo colega de LS.
Passado cerca de um ano, JC deixa o cargo, tendo sido eleito GF, começando pouco depois as quezílias com o Pe IB, assistente do agrupamento.
Em resultado disso, os chefes que não se reviam nas atitudes do Pe IB abandonaram o agrupamento, ficando assim o mesmo sem dirigentes.
( Abandonaram CP, GF, LG, CA, SP, PN, e SMN)
Para não perderem a posse da sede que estava protocolada com a CML, IB desencantou AN, chefe do núcleo, e antigo chefe no 61, que veio assumir a chefia e tentar manter o agrupamento aberto, com a ajuda dos caminheiros, que poderiam ser mais tarde chefes. ( Boas vontades não colmatam falhas estruturais!)
Ao recomeçar o ano escutista, numa actividade mal enquadrada, mal planeada e mal vigiada, SS com 10 anos, de olhos vendados, é deixado ao abandono, dá uma queda, de cerca de
Pasmam-se os pais ao imaginar que os vossos filhos de 10 anos são largados na serra de Sintra, de olhos vendados sem que ninguém esteja a velar por eles ou a precaver os riscos… ou seja o tipo de jogo que pode ser feito num court de ténis vedado, ou num ginásio, foi feito numa serra, com acidentes naturais não delimitados ou balizados e sem monitores suficientes para não perderem de vista todos os participantes.
Esta situação foi denunciada pelos pais de SS ao assistente de Núcleo NA, ao chefes Regional JCO e Nacional LL, ao assistente nacional JN, bem como a um tal conselho jurisdicional e fiscal, que nunca se dignaram a dar resposta a questões pertinentes:
Cumprem os escuteiros os seus próprios regulamentos acerca da formação e qualidade dos chefes e do enquadramento dos miúdos nas actividades ou aquilo anda AD-HOC?
Cumpre os regulamentos a hierarquia católica ao agir com espírito Dominicano, a acusar e nunca a querer conciliar, cega nas suas decisões, mesmo que delas venham a resultar vitimas inocentes, não punindo os maus chefes ( leia-se maus tecnicamente) mas que não fazem ondas…
Terá essa organização seguros capazes de cobrir estes riscos bem como a irresponsabilidade dos monitores, caminheiros dirigentes e outros ou os pais como LS estão abandonados pelo movimento ao qual confiaram os seus filhos?
Ou será que tem pelos mínimos…só para dizer que tem?
Passados 3 anos e tal, com 3 operações, sofrimentos e dores imensuráveis, aulas perdidas, noites perdidas, dificuldades de todo o género, LS comenta que só houve encobrimento, desviar de olhos e fugas por parte quer da hierarquia do Corpo Nacional de Escutas, quer por parte dos responsáveis directos… nem sequer um simples “querer saber como vai passando”…
Que dirigentes e assistentes são esses que não se importam com as perdas que sofre o movimento?
Que “Corpo” é esse que assiste impávido ao amputar dos seus "membros"?
Que “Amigos de todos e irmãos de todos os outros” são esses?
Que "honra" poderão inspirar os escuteiros á comunidade escolar e aos amigos da familia do SS e a todas as pessoas que sabem do sucedido?
Pensem bem com quem vão deixar ir os vossos filhos…
09 junho 2008
«pano luz»? Isto não vai lá com tradução automática
(Estava a pensar na melhor forma de limpar umas malas de pele. Decidi buscar no Google por «limpar pele e couro». Apareceu-me esta tradução (???). Procurei o original e aqui se vê o resultado. Divirtam-se!)
Como sobre Minha Leather Jacket?
How about My Leather Jacket?
08 junho 2008
just a girl
(I' m just a girl, standing in front of a boy, asking him to love her).
[O dia aqui está lindo. Só para fazer inveja: acabei de vir da praia, onde dei um belo passeio, estiquei-me um pouco e entrei na água amena]
07 junho 2008
ser feliz: ambiguidade vocabular
é sim, aquele para quem todo o bem reside na própria alma, é o homem sereno, magnânimo, que pisa aos pés os interesses vulgares, que só admira no homem aquilo que faz a sua qualidade de homem, que segue as lições da natureza, se conforma com as suas leis, e vive segundo o que ela prescreve;
é o homem (...) seguro do seu pensamento, inabalável, intrépido;
é o homem a quem a força pode abalar, mas nunca desviar da sua rota; a quem a fortuna, apontando contra ele as mais duras armas com a maior violência, pode arranhar, mas nunca ferir, e mesmo assim raramente.
Séneca, Cartas a Lucílio, 45. Tradução de J.A. Segurado Campos para a Gulbenkian.
06 junho 2008
Duo VioliNOcordeão
O Duo ‘violiNOacordeão’ (...) propõe um espectáculo que, mantendo a formalidade dos concertos de música erudita, prima por um ambiente descontraído, criado pela proximidade entre o público e os artistas. Com um repertório ecléctico e variado e uma duração aproximada de 80 minutos a fusão exótica destes dois instrumentos, resulta num espectáculo fascinante tanto para o ouvinte menos preparado como para o mais erudito.
Bilhetes para o concerto de dia 7: mediante reserva -14 € (Amigos 10 €); na bilheteira -15 € (Amigos 12 €). Info: 966 329 073 Email: admin@amigos-museu-sbras.org Bar e refrescos disponíveis
Para espectáculos, contactar Inês Morais: inezmorais@mail.telepac.pt
05 junho 2008
A afinidade não cessa pela dissolução do casamento
04 junho 2008
Ter tempo
Acordei com pressa, a pensar nas muitas coisas que tenho para fazer, na falta de tempo para deixar um postal no blogue. Mas logo me lembrei destas palavras de Séneca, já aqui publicadas há ano e meio:
Séneca, Cartas a Lucílio, 106
03 junho 2008
Amor e loucura
estou doido e não estou doido.
Anacreonte, Fr. 428 PGM. Tradução de Frederico Lourenço.
02 junho 2008
para as almas à deriva
Séneca, Cartas a Lucílio, 35. A referência de sempre.