Homero, na Odisseia (tradução de Frederico Lourenço para Livros Cotovia, em 2003), chama-lhe «pernicioso»...
Em XII, 408 e seguintes, conta como chegou
o Zéfiro guinchante com grande rajada de tempestade.
A força do vento quebrou as cordas do mastro,
ambas: o mastro caiu para trás, e todo o equipamento
caiu no porão; na proa da nau, o mastro atingiu a cabeça
do timoneiro e partiram-se-lhe os ossos do crânio.
Ora, não tendo nada contra o pobre do homem do leme, rachou-lhe a cabeça, imagine-se o que podia fazer despeitado!
Dizem alguns que, por esse sentimento (ou inveja, ciúme, que vai dar ao mesmo na história), foi ele o culpado pela morte de um mancebo por quem estava enamorado.
Conta-se que o rapaz preferia os favores de Apolo e um dia, quando estes dois jogavam ao lançamento do disco, Zéfiro soprou com mais força, fazendo com que o jovem fosse atingido mortalmente na cabeça.
Jacinto era o seu nome e, do sangue que derramou, Apolo fez nascer uma flor assim chamada em sua memória.
(Não sei por que razão este vento não tem uma entrada própria no Dicionário de Mitologia Grega e Romana do Pierre Grimal, na minha edição - 1992, Difel, tradução portuguesa)
E Zéfira é o nome da loba que acabei de adoptar. Vejam a foto dela. Está magrinha...
A Zéfira e outros lobos esperam mais pais adoptivos. Quem estiver interessado, pode contactar o Grupo Lobo, clicando aqui.
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