em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
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Mário Cesariny de Vasconcelos, no dia do seu funeral.
3 comentários:
“Entre nós e as palavras, os emparedados,
E entre nós e as palavras, o nosso dever falar.”
Cesariny
Sabia q o ia reencontrar aqui tb. no teu blogue... Obrigada.
Bj,
Sasha
( Beijo )*
Muito lindo.
Escrito por quem soube amar!
:-)
Beijinhos
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